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Os humanos antigos quase foram extintos do planeta h\u00e1 cerca de 900 mil anos, conforme aponta estudo que envolveu a an\u00e1lise de genomas. Na \u00e9poca, a popula\u00e7\u00e3o foi reduzida para cerca de 1,3 mil indiv\u00edduos. Agora, uma nova pesquisa conecta a experi\u00eancia de quase extin\u00e7\u00e3o com os efeitos das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas \u2014 estas n\u00e3o tinham nenhuma rela\u00e7\u00e3o com a libera\u00e7\u00e3o de mon\u00f3xido de carbono, promovida pela a\u00e7\u00e3o humana hoje.<\/p>\n
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- Esp\u00e9cie humana deve caminhar para a extin\u00e7\u00e3o, alerta paleont\u00f3logo<\/li>\n
- Como seria o planeta Terra se os humanos modernos nunca tivessem existido?<\/li>\n<\/ul>\n
A quase extin\u00e7\u00e3o dos humanos n\u00e3o foi provocada por um \u00fanico evento, mas por um conjunto de mudan\u00e7as no clima do planeta conhecido como Transi\u00e7\u00e3o do Pleistoceno M\u00e9dio. Diferente da esp\u00e9cie humana, muitos animais e vegetais acabaram engolidos pela nova realidade clim\u00e1tica. A “sorte” foi que os grupos humanos escaparam da \u00c1frica, em massa e em diferentes ondas, em dire\u00e7\u00e3o \u00e0 Europa e \u00e0 \u00c1sia.\u00a0<\/p>\n
Mudan\u00e7as clim\u00e1ticas e quase extin\u00e7\u00e3o<\/h2>\n
Identificar as pistas que ligam o movimento migrat\u00f3rio dos humanos antigos para a Europa e para a \u00c1sia, enquanto fugiam dos efeitos das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, n\u00e3o \u00e9 uma tarefa f\u00e1cil.<\/p>\n
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–<\/p>\nBuscando superar este desafio, a dupla de ge\u00f3logos Giovanni Muttoni, da Universidade de Mil\u00e3o (It\u00e1lia), e Dennis Kent, da Universidade Columbia (EUA), revisou dois tipos de evid\u00eancias:<\/p>\n
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- Registro f\u00f3ssil de ossos de humanos antigos e utens\u00edlios de pedra dos ancestrais humanos em s\u00edtios arqueol\u00f3gicos de toda a Eur\u00e1sia \u2014 isto foi importante para determinar o in\u00edcio da ocupa\u00e7\u00e3o;\u00a0<\/li>\n
- Registros de sedimentos marinhos, j\u00e1 que fornecem pistas sobre a temperatura de per\u00edodos remotos, a partir da an\u00e1lise de is\u00f3topos de oxig\u00eanio \u2014 isto foi essencial para validar se as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas estavam, de fato, ocorrendo.<\/li>\n<\/ul>\n
Em estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas)<\/em>, os autores confirmam a hip\u00f3tese de que os dois eventos, a migra\u00e7\u00e3o em massa e a cat\u00e1strofe clim\u00e1tica, ocorreram de forma simult\u00e2nea.<\/p>\n
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Mudan\u00e7as clim\u00e1ticas colocaram em risco os humanos antigos e fez com que migaressem para fora da \u00c1frica (Imagem: Galyna_Andrushko\/envato)<\/figcaption><\/figure>\n Na \u00e9poca, a vida da maioria dos humanos antigos tinha se tornado insustent\u00e1vel, com falta de alimentos e \u00e1gua, por causa das secas e da aridez que atingiram a \u00c1frica.\u00a0<\/p>\n
No entanto, a redu\u00e7\u00e3o do n\u00edvel do mar permitiu a peregrina\u00e7\u00e3o, por via terrestre, em busca de melhores condi\u00e7\u00f5es. Outras esp\u00e9cies, muito provavelmente, fizeram movimentos semelhantes em busca da sobreviv\u00eancia.<\/p>\n
Sobreviv\u00eancia da esp\u00e9cie humana<\/h2>\n
Ao longo dos milhares de anos, \u00e9 poss\u00edvel observar que a decis\u00e3o foi muito acertada ao ponto de ter permitido que os humanos se recuperassem enquanto esp\u00e9cie, evitando a extin\u00e7\u00e3o em massa.\u00a0<\/p>\n
Hoje, s\u00e3o mais de 8 bilh\u00f5es de seres humanos habitando a superf\u00edcie do planeta, fora os poucos que passam temporadas de alguns meses na Esta\u00e7\u00e3o Espacial Internacional (ISS). Isso sem contar o emergente turismo espacial e as empresas que planejam construir novas esta\u00e7\u00f5es na \u00f3rbita da Terra.<\/p>\n
A expectativa \u00e9 que, diante do atual desafio imposto pelo aquecimento global, boas estrat\u00e9gias sejam adotadas em prol da continuidade da esp\u00e9cie humana e que possam ser estudadas daqui a mais 900 mil anos. Especialistas j\u00e1 indicam que o caminho n\u00e3o deve ser a geoengenharia solar \u2014 t\u00e9cnicas que buscam reduzir a incid\u00eancia da luz solar no planeta.<\/p>\n
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Os humanos antigos quase foram extintos do planeta h\u00e1 cerca de 900 mil anos, conforme aponta estudo que envolveu a an\u00e1lise de genomas. Na \u00e9poca, a popula\u00e7\u00e3o foi reduzida para cerca de 1,3 mil indiv\u00edduos. Agora, uma nova pesquisa conecta a experi\u00eancia de quase extin\u00e7\u00e3o com os efeitos das mudan\u00e7as… Continue lendo