Em contrapartida, apenas 12% dos homens mortos no ano passado foram assassinados por pessoas de sua casa.<\/p>\n

\n

\u201cApesar dos esfor\u00e7os de muitos pa\u00edses para prevenir os feminic\u00eddios, esses crimes continuam em n\u00edveis alarmantemente altos\u201d, denuncia o relat\u00f3rio\u00a0Femic\u00eddios em 2023, elaborado pela ONU Mulheres e pelo Escrit\u00f3rio das Na\u00e7\u00f5es Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).<\/p>\n

\n

<\/div>\n<\/div>\n<\/blockquote>\n

Nem todos esses 85 mil homic\u00eddios\u00a0s\u00e3o\u00a0feminic\u00eddios, um conceito que define o assassinato de uma mulher pelo fato de ela ser mulher.\u00a0O relat\u00f3rio n\u00e3o inclui mulheres mortas em guerras e conflitos.<\/p>\n

Feminic\u00eddios ao redor do mundo<\/h4>\n

Embora os homens matem mulheres em todas as regi\u00f5es do mundo, a ONU detecta algumas diferen\u00e7as.<\/p>\n

\n

<\/div>\n<\/p><\/div>\n

Enquanto na Europa e nas Am\u00e9ricas\u00a0os feminic\u00eddios dom\u00e9sticos s\u00e3o cometidos principalmente por parceiros \u00edntimos (64% e 58%, respectivamente), no resto do mundo as mulheres e meninas t\u00eam maior probabilidade de serem mortas por membros da fam\u00edlia.<\/p>\n

A \u00c1frica foi o continente com as maiores taxas de feminic\u00eddio em 2023, com 2,9 homic\u00eddios por 100 mil mulheres, seguida pelas Am\u00e9ricas (1,6), Oceania (1,5), \u00c1sia (0,8) e Europa (0,6).<\/p>\n

\n

<\/div>\n<\/div>\n

Nas Am\u00e9ricas, 8,3 mil mulheres foram assassinadas no ano passado por seus parceiros ou familiares. Na Europa, foram 2,3 mil.<\/p>\n

A falta de dados tamb\u00e9m dificulta o estabelecimento de uma tend\u00eancia clara na evolu\u00e7\u00e3o da taxa de feminic\u00eddio, mas a verdade \u00e9 que quase n\u00e3o h\u00e1 mudan\u00e7as na tend\u00eancia e, se elas ocorrem, s\u00e3o muito lentas.<\/p>\n

\n

<\/div>\n<\/div>\n

Nas regi\u00f5es onde \u00e9 poss\u00edvel estabelecer uma tend\u00eancia, a taxa de feminic\u00eddio estagnou ou diminuiu ligeiramente desde 2010.\u00a0Isso\u00a0indica que os fatores de risco e as causas da viol\u00eancia masculina \u201cest\u00e3o enraizados em pr\u00e1ticas e normas que n\u00e3o mudam rapidamente\u201d, diz o UNODC, que analisou n\u00fameros de 107 pa\u00edses.<\/p>\n

\n

Leia tamb\u00e9m<\/h5>\n

\n
• \n
  \n

  \n

  \n Na Mira\n <\/div>\n

  \n Quem \u00e9 o feminicida que matou assistente social no DF e queimou carro
  \n <\/h6>\n<\/div>\n<\/article>\n<\/li>\n

  \n

  \n

  \n

  \n Mundo\n <\/div>\n

  \n ONU: mundo registrou um feminic\u00eddio cada 10 minutos em 2023
  \n <\/h6>\n<\/div>\n<\/article>\n<\/li>\n

  \n

  \n

  \n

  \n Na Mira\n <\/div>\n

  \n Mulher morta perto de carro em chamas conheceu feminicida h\u00e1 3 dias
  \n <\/h6>\n<\/div>\n<\/article>\n<\/li>\n

  \n

  \n

  \n

  \n Distrito Federal\n <\/div>\n

  \n Justi\u00e7a emite mandado de pris\u00e3o preventiva contra feminicida foragido
  \n <\/h6>\n<\/div>\n<\/article>\n<\/li>\n<\/ul><\/div>\n

  Normas sociais e desigualdade<\/h4>\n

  A ONU ressalta que, independentemente do \u00e2mbito\u00a0em que as mulheres s\u00e3o mortas por homens, os motivos s\u00e3o os mesmos.<\/p>\n

  \n

  <\/div>\n<\/div>\n

  \n

  \u201cEsses casos t\u00eam suas origens em normas sociais e estere\u00f3tipos que consideram as mulheres como subordinadas aos homens, assim como na discrimina\u00e7\u00e3o de mulheres e meninas, na desigualdade e nas rela\u00e7\u00f5es de poder desiguais entre mulheres e homens na sociedade\u201d, avalia a ONU.<\/p>\n<\/blockquote>\n

  O relat\u00f3rio atualiza os n\u00fameros de uma realidade que n\u00e3o mudou em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 an\u00e1lise que a ONU vem fazendo h\u00e1 anos.<\/p>\n

  O documento\u00a0fornece dados de tr\u00eas pa\u00edses com realidades sociopol\u00edticas diferentes, Fran\u00e7a, Col\u00f4mbia e \u00c1frica do Sul, para denunciar que entre 22% e 37% das mulheres assassinadas por seus parceiros haviam denunciado antes que sofriam viol\u00eancia f\u00edsica ou psicol\u00f3gica.<\/p>\n

  Desmantelar o sexismo<\/h4>\n

  A ONU ressalta que muitos feminic\u00eddios poderiam ser evitados por interven\u00e7\u00f5es precoces, como ordens de restri\u00e7\u00e3o contra homens que abusam de suas parceiras.<\/p>\n

  Mas al\u00e9m das medidas policiais e judiciais, a ONU pedemudan\u00e7as mais profundas na sociedade.<\/p>\n

  \n

  \u201cDevemos fazer frente e desmantelar preconceitos de g\u00eanero, desequil\u00edbrios de poder e as normas nocivas que perpetuam a viol\u00eancia contra as mulheres\u201d, diz Ghada Waly, diretora executiva do UNODC.<\/p>\n<\/blockquote>\n

  O relat\u00f3rio lamenta o grande retrocesso no n\u00famero de pa\u00edses, metade do que havia em 2020, que fornecem dados sobre assassinatos machistas no \u00e2mbito de casais, dificultando acabar com esse tipo de viol\u00eancia.<\/p>\n

  As raz\u00f5es para isso s\u00e3o m\u00faltiplas, de acordo com a ONU.\u00a0Alguns pa\u00edses est\u00e3o atrasando o envio de dados de 2023 e outros, que no passado fizeram esfor\u00e7os neste sentido, n\u00e3o t\u00eam agora capacidade de faz\u00ea-lo ou n\u00e3o consideram isso uma prioridade.<\/p>\n

  Al\u00e9m dos cometidos por parceiros ou familiares, a ONU indica que h\u00e1 outros tipos de feminic\u00eddios, como os assassinatos de mulheres prostitu\u00eddas, v\u00edtimas de tr\u00e1fico, assim como mulheres assassinadas por pessoas de fora da fam\u00edlia ap\u00f3s sofrerem viol\u00eancia sexual ou v\u00edtimas com hist\u00f3rico de ass\u00e9dio. Na Fran\u00e7a e na \u00c1frica do Sul, os pa\u00edses de refer\u00eancia, eles representam 5% e 9% de todos os feminic\u00eddios.<\/p>\n

  Leia outras reportagens como esta em DW, parceiro do\u00a0Metr\u00f3poles.<\/strong><\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

  Uma mulher ou menina \u00e9 assassinada a cada 10 minutos no mundo por seu parceiro ou por um membro da fam\u00edlia. Com esse n\u00famero alarmante, a Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU) resume a gravidade da viol\u00eancia masculina, em um relat\u00f3rio que lembra que o problema est\u00e1 na desigualdade entre mulheres… Continue lendo → <\/span><\/a><\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[],"class_list":["post-131972","post","type-post","status-publish","format-standard","hentry","category-sem-categoria"],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/agencia5.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/131972","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"https:\/\/agencia5.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/agencia5.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia5.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia5.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=131972"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/agencia5.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/131972\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/agencia5.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=131972"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia5.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=131972"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia5.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=131972"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}