{"id":1835,"date":"2024-02-27T11:59:18","date_gmt":"2024-02-27T14:59:18","guid":{"rendered":"https:\/\/agencia5.jornalfloripa.com.br\/agencia5jf\/1835"},"modified":"2024-02-27T11:59:18","modified_gmt":"2024-02-27T14:59:18","slug":"quem-e-o-gamer-brasileiro-em-2024","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/agencia5.jornalfloripa.com.br\/agencia5jf\/1835","title":{"rendered":"Quem \u00e9 o gamer brasileiro em 2024?"},"content":{"rendered":"
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O jogador brasileiro \u00e9 uma mulher de classe m\u00e9dia, com idade entre 35 e 39 anos, que mora com os filhos e joga em seu smartphone \u2014 mas que n\u00e3o se considera gamer. Esse perfil que personifica o p\u00fablico \u00e9 resultado da mais recente Pesquisa Games Brasil 2024 (PGB 2024), divulgada nesta ter\u00e7a-feira (27) e que mostra um pouco do rosto e dos gostos do consumidor tupiniquim quando os assuntos s\u00e3o videogames.<\/p>\n
O levantamento foi feito pela SX Group e a Go Gamers em parceria com a Blend New Research e a ESPM, ouvindo 13.360 pessoas nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024. E o resultado mostra um pouco da cara desse jogador, trazendo n\u00fameros interessantes que ajudam a entender o mercado como um todo.<\/p>\n Esse perfil descrito acima, \u00e9 claro, \u00e9 um retrato bastante generalista dos n\u00fameros que a pesquisa apresenta, mas que ajuda a dar um rosto para o chamado jogador m\u00e9dio, ou seja, a maior parte das pessoas que disseram consumir algum tipo de jogo eletr\u00f4nico. Ali\u00e1s, o n\u00famero de entrevistados que disse jogar aumentou em rela\u00e7\u00e3o ao ano passado, chegando a 73,9%.<\/p>\n – Isso significa, em termos pr\u00e1ticos, que praticamente tr\u00eas em cada quatro pessoas usam os jogos eletr\u00f4nicos como forma de entretenimento. Em 2023, esse n\u00famero era de 70,1%, o que representa um aumento de 3,8 pontos de um ano para o outro. Mais do que isso, em 2024, 85,4% dos entrevistados afirmou que consideram games sua principal forma de divers\u00e3o.<\/p>\n “Cada vez mais os games t\u00eam um papel importante no dia a dia do jogador brasileiro, se consolidando como uma plataforma de divers\u00e3o, motiva\u00e7\u00e3o, socializa\u00e7\u00e3o e identidade.”, diz Guilherme Camargo, s\u00f3cio do SX Group e professor na p\u00f3s-gradua\u00e7\u00e3o da ESPM.<\/p>\n Embora a gente sempre pense o gamer como aquele jogador que tem o console de \u00faltima gera\u00e7\u00e3o e que consome todos os grandes lan\u00e7amentos do mercado, a Pesquisa Game Brasil mostrou que, na verdade, esse perfil \u00e9 minorit\u00e1rio no pa\u00eds. Na verdade, a plataforma mais popular entre o p\u00fablico \u00e9 justamente o smartphone.<\/p>\n Os dispositivos m\u00f3veis lideram com certa folga a prefer\u00eancia do p\u00fablico, com impressionantes 48,8%. O n\u00famero \u00e9 ligeiramente menor do que o de 2023, quando 51,7% dos entrevistados disseram preferir o celular para jogar. Ainda assim, a diferen\u00e7a em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s demais plataformas segue mais do que consider\u00e1vel. O segundo lugar fica com os computadores (22,6%), seguido pelos consoles (21,7%).<\/p>\n E \u00e9 quando olhamos para dentro do mundo mobile que percebemos o quanto aquele perfil inicial apresentado pela PGB 2024 parece certeiro. Segundo o levantamento, 61% de quem joga no smartphone s\u00e3o mulheres. Em geral, elas t\u00eam entre 30 e 39 anos (31,3%) que utilizam o sistema Android (77%), provavelmente um Samsung (44,3%). E, acima de tudo, elas se consideram apenas jogadoras casuais (66%) e n\u00e3o hardcore.<\/p>\n Esse \u00faltimo detalhe \u00e9 muito interessante quando olhamos para essa quest\u00e3o do reconhecimento. A pesquisa perguntou aos mais de 13 mil entrevistados se eles se consideram gamers e, entre as mulheres, o n\u00e3o predominou. Enquanto 57,3% dos homens disseram que sim, os mesmos 57% das mulheres recha\u00e7aram o termo.<\/p>\n Dentre as v\u00e1rias raz\u00f5es que ajudam a explicar essa diferen\u00e7a, a Pesquisa Game Brasil aponta justamente para o perfil adotado por cada g\u00eanero. Enquanto 61% das mulheres preferem os smartphones, os consoles e os computadores dominam entre os homens, com 61,5 e 66,9% da prefer\u00eancia masculina, respectivamente. E, como aponta o estudo, o p\u00fablico mobile tende a ter uma menor identifica\u00e7\u00e3o com o termo gamer do que nas demais plataformas, em que esse engajamento \u00e9 maior e mais verbal.<\/p>\n \u201cOs jogadores de consoles tendem a buscar uma experi\u00eancia mais social, valorizando a intera\u00e7\u00e3o com comunidades online, al\u00e9m de terem um apego \u00e0 nostalgia. Por outro lado, os jogadores de computador buscam uma experi\u00eancia mais imersiva, t\u00eam prefer\u00eancia por grandes franquias, gostam de explorar uma variedade de jogos e se assumem como gamers. Por fim, os jogadores de dispositivos m\u00f3veis valorizam a conveni\u00eancia, a acessibilidade e preferem jogos mais casuais. Eles tendem a se engajar menos com a comunidade de jogadores\u201d, analisa Carlos Silva, s\u00f3cio da Go Gamers.<\/p>\n Entre os v\u00e1rios recortes feitos pela Pesquisa Game Brasil 2024, h\u00e1 alguns que chamam mais a aten\u00e7\u00e3o. A principal delas \u00e9 o envelhecimento do p\u00fablico, que est\u00e1 bem longe de ser o adolescente que joga sozinho no quarto.<\/p>\n As faixas et\u00e1rias mais representadas s\u00e3o de 30 a 34 anos, com 16,2%; e de 35 a 39 anos, com 16,9%. Curiosamente, o p\u00fablico mais jovem, entre 20 e 24 anos, representa apenas 14,6% do todo. Confira os dados:<\/p>\n Esse recorte et\u00e1rio mostra bem esse envelhecimento do jogador brasileiro e vai ao encontro de outro dado identificado pela pesquisa: 70,2% das pessoas jogam desde crian\u00e7a. E esse cruzamento mostra que boa parte desse total \u00e9 que est\u00e1 na faixa de 30 a 39 anos, o que pode apontar para uma dificuldade de renova\u00e7\u00e3o do p\u00fablico.\u00a0<\/p>\n Em suma, esses n\u00fameros indicam que a maior parte dos jogadores atuais s\u00e3o os mesmos de anos atr\u00e1s, ou seja, quem cresceu com videogames de todos os tipos. Por um lado, \u00e9 interessante ver essa manuten\u00e7\u00e3o do usu\u00e1rio por tanto tempo, mas tamb\u00e9m acende um sinal de alerta quando vemos que as as novas gera\u00e7\u00f5es (entre 16 e 19 anos) s\u00e3o quase minoria dentro do cen\u00e1rio geral.<\/p>\n Leia a mat\u00e9ria no Canaltech.<\/p>\n Trending no Canaltech:<\/p>\n<\/p>\n O jogador brasileiro \u00e9 uma mulher de classe m\u00e9dia, com idade entre 35 e 39 anos, que mora com os filhos e joga em seu smartphone \u2014 mas que n\u00e3o se considera gamer. Esse perfil que personifica o p\u00fablico \u00e9 resultado da mais recente Pesquisa Games Brasil 2024 (PGB 2024),… Continue lendo
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–<\/p>\nSmartphones e rejei\u00e7\u00e3o ao termo gamer<\/h2>\n
O gamer cada vez mais velho<\/h2>\n
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