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N\u00e3o \u00e9 incomum vermos casos de morte dif\u00edceis de serem solucionados, mesmo com os melhores detetives trabalhando neles. Quanto mais antigo o caso, mais dif\u00edcil \u00e9 resolv\u00ea-lo \u2014 agora, imagine um caso de mais de 5.000 anos! Acredite se quiser, cientistas descobriram mais sobre a morte de uma \u201cm\u00famia do p\u00e2ntano\u201d conhecida como Homem de Vittrup.<\/p>\n
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- O mist\u00e9rio do p\u00e2ntano onde cad\u00e1veres milenares n\u00e3o se decomp\u00f5em<\/li>\n
- A verdadeira hist\u00f3ria do corpo preservado do “masturbador de Pompeia”<\/li>\n<\/ul>\n
Os restos do famoso corpo consistem em um esqueleto parcial recuperado de um p\u00e2ntano no norte da Dinamarca em algum momento de 1951. De in\u00edcio, pouco se sabia sobre o dono do cad\u00e1ver, com a \u00fanica certeza sendo a de que sua morte havia sido violenta antes do corpo se perder no terreno pantanoso.<\/p>\n
Os segredos do Homem de Vittrup<\/h2>\n
As conclus\u00f5es forenses a partir do corpo indicavam \u00e0 ci\u00eancia que o sujeito em quest\u00e3o se envolveu em algo que levou \u00e0 sua morte h\u00e1 aproximadamente 5.200 anos, indo parar em um p\u00e2ntano da cidade de Vittrup, atual Dinamarca. Seus restos consistem de um osso do tornozelo direito (t\u00e1lus), a parte de baixo do osso da canela esquerda (t\u00edbia), a mand\u00edbula e peda\u00e7os do cr\u00e2nio.<\/p>\n
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Dois ossos do Homem de Vittrup, com\u00a0marcas indicando o local de onde material foi coletado para estudo (Imagem: Fischer et al.\/PLOS One)<\/figcaption><\/figure>\n Para completar, um tacape de madeira foi encontrado ao lado do corpo, levantando um cl\u00e1ssico \u201cQuem Matou Odete Roitman?\u201d. A \u00faltima coisa que se sabia era que o homem teria morrido ap\u00f3s levar oito golpes na cabe\u00e7a entre 3.300 a.C. e 3.100 a.C.<\/p>\n
Ele acabou se tornando uma m\u00famia do p\u00e2ntano, ou corpo do p\u00e2ntano, que s\u00e3o cad\u00e1veres muito bem preservados do neol\u00edtico europeu gra\u00e7as \u00e0s condi\u00e7\u00f5es pantanosas. Geralmente, se acredita que essas mortes tenham algum significado ritual, j\u00e1 que muitos casos mostram m\u00e1s forma\u00e7\u00f5es \u00f3sseas que indicam alguma signific\u00e2ncia do morto. O Homem de Vittrup \u00e9 diferente por conta da viol\u00eancia de sua morte.<\/p>\n
Gra\u00e7as ao DNA, especialistas da Universidade de Gotemburgo revelaram mais detalhes sobre a hist\u00f3ria curiosa do sujeito \u2014 material gen\u00e9tico presente no esmalte de seus dentes indicou a presen\u00e7a de estr\u00f4ncio, carbono e oxig\u00eanio em forma de is\u00f3topos, mostrando que ele teria crescido na costa da Pen\u00ednsula Escandinava.<\/p>\n
![\"Uma](\"https:\/\/t.ctcdn.com.br\/URRMJcRGRk1D2dDuSBQ5-oOwxH0=\/1024x0\/smart\/i862427.png\")
Uma ilustra\u00e7\u00e3o mostrando a poss\u00edvel morte do Homem de Vittrup, no p\u00e2ntano da cidade hom\u00f4nima (Imagem: Anders Fischer, Niels Bach\/CC-BY 4.0)<\/figcaption><\/figure>\n A origem foi confirmada ao comparar o DNA do Homem de Vittrup com o de outras pessoas do mesol\u00edtico noruegu\u00eas e sueco. Em algum ponto da vida adulta, ele teria se tornado fazendeiro, j\u00e1 que is\u00f3topos e prote\u00ednas de seus dentes mostram uma mudan\u00e7a de dieta.<\/p>\n
Ele passou do consumo de mam\u00edferos marinhos e peixe para comida de fazenda, como carne de cabra, cereais e latic\u00ednios \u00e0 medida que envelheceu. Aparentemente, o indiv\u00edduo teve\u00a0origem\u00a0em uma sociedade forrageadora, mas se mudou para uma sociedade agr\u00e1ria na Dinamarca.<\/p>\n
Isso pode ter acontecido gra\u00e7as a uma tend\u00eancia migrat\u00f3ria maior at\u00e9 o pa\u00eds ou, como acreditam os estudiosos, como parte do of\u00edcio de comerciante ou consequ\u00eancia de uma vida cativa, acabando por se integrar \u00e0 sociedade local.<\/p>\n
De qualquer forma, a an\u00e1lise mostra que o n\u00edvel de troca entre as sociedades do mesol\u00edtico e neol\u00edtico europeu era maior do que se pensava \u2014 o estudo \u00e9 considerado o mais detalhado e abrangente em termos de tempo de um habitante do norte da Europa nessa \u00e9poca.<\/p>\n
Leia a mat\u00e9ria no Canaltech.<\/p>\n
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N\u00e3o \u00e9 incomum vermos casos de morte dif\u00edceis de serem solucionados, mesmo com os melhores detetives trabalhando neles. Quanto mais antigo o caso, mais dif\u00edcil \u00e9 resolv\u00ea-lo \u2014 agora, imagine um caso de mais de 5.000 anos! Acredite se quiser, cientistas descobriram mais sobre a morte de uma \u201cm\u00famia do… Continue lendo