A venda de novos im\u00f3veis em 2024 cresceu 11,8%, em compara\u00e7\u00e3o a 2023. O volume de vendas foi de 186.540 unidades e o valor acumulado da venda das novas unidades chegou a R$60,3 bilh\u00f5es, um crescimento de 16,5% em rela\u00e7\u00e3o ao ano anterior. Os n\u00fameros s\u00e3o os mais altos registrados na s\u00e9rie hist\u00f3rica, desde 2014.<\/p>\n
Os dados foram obtidos por meio do conjunto de indicadores Abrainc-Fipe, desenvolvidos pela Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Incorporadoras Imobili\u00e1rias (Abrainc), em parceria com a Funda\u00e7\u00e3o Instituto de Pesquisas Econ\u00f4micas (Fipe), a partir de um levantamento realizado com 20 empresas associadas \u00e0 Abrainc.<\/p>\n
Renan Persio dos Santos, diretor de Incorpora\u00e7\u00f5es da Construlike e da Construtora Prohidro, aponta um fator econ\u00f4mico relevante positivamente para o mercado imobili\u00e1rio em 2024. \u201cA estabilidade nos pre\u00e7os dos insumos ligados \u00e0s commodities impediu que os custos de materiais de constru\u00e7\u00e3o aumentassem de forma expressiva, e isso possibilitou \u00e0s construtoras oferecer pre\u00e7os competitivos\u201d.<\/p>\n
Al\u00e9m disso, o \u00edndice alcan\u00e7ado pelo mercado imobili\u00e1rio foi impulsionado pelos segmentos de M\u00e9dio e Alto Padr\u00e3o (MAP) e pelo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), conforme mostram os indicadores Abrainc-Fipe.<\/p>\n
O MCMV registrou alta recorde de 25,2%, com lan\u00e7amento de mais de 122 mil unidades e 13,1% com a venda de 136.741 im\u00f3veis novos. Da mesma forma, o segmento de MAP apresentou crescimento de 23,8% no valor de vendas, totalizando R$26,6 bilh\u00f5es e 42,1% no valor lan\u00e7ado, que corresponde a R$23,6 bilh\u00f5es.\u00a0\u00a0<\/p>\n
De acordo com o empres\u00e1rio, ambos os segmentos se beneficiaram dos recursos de financiamento do Fundo de Garantia por Tempo de Servi\u00e7o (FGTS), que proporciona condi\u00e7\u00f5es mais acess\u00edveis para aquisi\u00e7\u00e3o de im\u00f3veis, ampliando o acesso \u00e0 moradia.<\/p>\n
\u201cO aumento do volume financiado pelo FGTS desempenhou um papel crucial, pois, vinculado a um baixo \u00edndice de desemprego, facilitou o acesso ao cr\u00e9dito imobili\u00e1rio e incentivou mais pessoas a investirem em im\u00f3veis\u201d, explica Santos.<\/p>\n
O Abrainc-Fipe tamb\u00e9m revelou que a dura\u00e7\u00e3o da oferta de im\u00f3veis no mercado reduziu em ambos os segmentos. No MAP a queda nos estoques caiu de 18,4 meses para 13 meses, um n\u00edvel considerado saud\u00e1vel e pr\u00f3ximo a m\u00e9dia hist\u00f3rica. No MCMV, houve uma redu\u00e7\u00e3o de 11,5 meses para 9,8 meses de consumo da oferta de im\u00f3veis novos.<\/p>\n
Segundo Santos, o MCMV figurou como a melhor alternativa por oferecer uma fonte est\u00e1vel e acess\u00edvel de cr\u00e9dito para os compradores, e assim possibilitou expandir a base de consumidores, impulsionando ainda mais as vendas.<\/p>\n
\u201cA escassez de recursos provenientes da poupan\u00e7a fez com que v\u00e1rias empresas do setor imobili\u00e1rio se concentrassem no programa, que teve aumento no teto do financiamento e permitiu que mais pessoas adquirissem im\u00f3veis adequados \u00e0s suas necessidades\u201d, conta o empres\u00e1rio.<\/p>\n
Para o empres\u00e1rio, as redes sociais tamb\u00e9m desempenharam um papel importante ao ampliar o alcance das imobili\u00e1rias e construtoras para um p\u00fablico mais diversificado. \u201cOutras ferramentas digitais, como tours virtuais, realidade aumentada e plataformas de financiamento online, facilitaram o processo de compra, tornando-o mais conveniente e acess\u00edvel para os consumidores\u201d.<\/p>\n
O diretor de Incorpora\u00e7\u00f5es da Construlike e da Construtora Prohidro esclarece que apesar do preju\u00edzo causado \u00e0 capacidade de financiamento pelas taxas de juros elevadas e a infla\u00e7\u00e3o, que pode fazer muitos clientes adiarem a decis\u00e3o de compra, o programa Minha Casa, Minha Vida \u00e9 beneficiado pelas taxas de juros de financiamento mais est\u00e1veis e uma op\u00e7\u00e3o para fam\u00edlias com renda de at\u00e9 seis sal\u00e1rios m\u00ednimos.\u00a0<\/p>\n
Santos pontua, no entanto, que h\u00e1 preocupa\u00e7\u00f5es de que haja uma escassez de recursos destinados \u00e0 produ\u00e7\u00e3o de novos im\u00f3veis, a partir do segundo semestre de 2025. Mas a not\u00edcia do an\u00fancio do governo sobre a amplia\u00e7\u00e3o do limite do financiamento \u00e9 positiva para o setor. Segundo ele, caso a faixa 4 do MCMV seja aprovada, o programa vai abranger uma nova faixa de benefici\u00e1rios, o que pode impactar positivamente na venda de novos im\u00f3veis.<\/p>\n
Para mais informa\u00e7\u00f5es, basta acessar: construlike.com.br\/\u00a0<\/p>\n
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A venda de novos im\u00f3veis em 2024 cresceu 11,8%, em compara\u00e7\u00e3o a 2023. O volume de vendas foi de 186.540 unidades e o valor acumulado da venda das novas unidades chegou a R$60,3 bilh\u00f5es, um crescimento de 16,5% em rela\u00e7\u00e3o ao ano anterior. Os n\u00fameros s\u00e3o os mais altos registrados… Continue lendo