{"id":222909,"date":"2025-04-13T02:56:10","date_gmt":"2025-04-13T05:56:10","guid":{"rendered":"https:\/\/agencia5.jornalfloripa.com.br\/agencia5jf\/222909"},"modified":"2025-04-13T02:56:10","modified_gmt":"2025-04-13T05:56:10","slug":"cadeira-quebrada-e-comida-ruim-equipe-de-hospital-sofre-sem-estrutura","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/agencia5.jornalfloripa.com.br\/agencia5jf\/222909","title":{"rendered":"Cadeira quebrada e comida ruim: equipe de hospital sofre sem estrutura"},"content":{"rendered":"
\n

Cadeiras quebradas, comida estragada e mal armazenada, tarefas em excesso\u2026 Funcion\u00e1rios e ex-funcion\u00e1rios do Instituto do Carinho, entidade que d\u00e1 abrigo a crian\u00e7as em home care, t\u00eam reclamado de ac\u00famulo de fun\u00e7\u00e3o, sobrecarga e m\u00e1s condi\u00e7\u00f5es de trabalho, descanso e alimenta\u00e7\u00e3o. Ao menos cinco pessoas procuraram apoio jur\u00eddico contra a empresa, que tem sede na QNN 5, em Ceil\u00e2ndia. Algumas delas enfrentam problemas de sa\u00fade mental desencadeados pelo emprego.<\/p>\n

\n
<\/div>\n<\/div>\n

Os problemas teriam se iniciado h\u00e1 pelo menos cinco anos. As trabalhadoras alegam que eram contratadas como cuidadoras e\/ou m\u00e3es sociais, mas acabavam atuando como t\u00e9cnicas de enfermagem e enfermeiras sem nenhuma remunera\u00e7\u00e3o adicional.<\/p>\n

\n
<\/div>\n<\/div>\n

Uma das funcion\u00e1rias detalha ao Metr\u00f3poles<\/strong> as fun\u00e7\u00f5es extras que acabavam tendo que cumprir para o bem dos pacientes. \u201cEu j\u00e1 fiz aspira\u00e7\u00e3o de traqueostomia, curativos, irriga\u00e7\u00e3o intestinal\u2026 monitorava os pacientes o tempo todo, e quando algum deles passava por alguma intercorr\u00eancia, eu tinha que intervir para estabiliz\u00e1-lo e coloc\u00e1-lo em suporte de oxig\u00eanio\u201d, descreve a mulher, que ter\u00e1 a identidade preservada.<\/p>\n

\n

\u201cPor vezes, n\u00f3s t\u00ednhamos at\u00e9 mesmo que fazer reanima\u00e7\u00e3o cardiopulmonar em caso de parada cardiorrespirat\u00f3ria. Em 2023, uma crian\u00e7a teve os batimentos card\u00edacos quase que paralisados. Acionamos o Samu, mas ele faleceu no hospital poucas horas depois\u201d, relembra.<\/p>\n

\n
\n
<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/blockquote>\n

Falta de estrutura<\/h3>\n

Al\u00e9m do ac\u00famulo de fun\u00e7\u00e3o, os colaboradores sofriam sem intervalos pr\u00e9-determinados e locais adequados para descanso. \u201cA gente descansa quando d\u00e1. Por muitas vezes, tirei hor\u00e1rio de descanso na enfermaria junto com os pacientes\u201d, relata a empregada.<\/p>\n

\u201cAs cadeiras eram duras e quebradas. Houve uma \u00e9poca em que nem os assentos n\u00f3s t\u00ednhamos, acab\u00e1vamos deitando em tatames no ch\u00e3o\u201d, relembra.<\/p>\n

\n
<\/div>\n<\/div>\n
\n

\u201cChegaram a falar que disponibilizaram uma verba para comprar novas cadeiras, mas elas nunca chegaram. Pelo contr\u00e1rio: eu j\u00e1 ouvi coment\u00e1rios dizendo que a gente estava ali para trabalhar, e n\u00e3o para dormir.\u201d<\/p>\n<\/blockquote>\n

Veja imagens dos assentos:<\/strong><\/p>\n

\n
<\/div>\n<\/div>\n
\n
\n