{"id":223370,"date":"2025-04-14T08:58:55","date_gmt":"2025-04-14T11:58:55","guid":{"rendered":"https:\/\/agencia5.jornalfloripa.com.br\/agencia5jf\/223370"},"modified":"2025-04-14T08:58:55","modified_gmt":"2025-04-14T11:58:55","slug":"brasil-pode-ter-mais-de-1-milhao-de-pessoas-com-parkinson-em-2060-aponta-estudo","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/agencia5.jornalfloripa.com.br\/agencia5jf\/223370","title":{"rendered":"Brasil pode ter mais de 1 milh\u00e3o de pessoas com Parkinson em 2060, aponta estudo"},"content":{"rendered":"
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Publicado recentemente na revista cient\u00edfica The Lancet Regional Health \u2013 Americas, um estudo in\u00e9dito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Hospital de Cl\u00ednicas de Porto Alegre (HCPA) estima que mais de 500 mil brasileiros com 50 anos ou mais vivem atualmente com a Doen\u00e7a de Parkinson. No entanto, o n\u00famero pode mais que dobrar at\u00e9 2060, ultrapassando 1,2 milh\u00e3o de casos, aponta o estudo.<\/p>\n
De acordo com o m\u00e9dico neurologista e um dos autores do trabalho, Artur F. Schumacher Schuh, o principal fator de risco para a doen\u00e7a de Parkinson \u00e9 o envelhecimento populacional.<\/p>\n
Os dados foram retirados do Estudo Longitudinal da Sa\u00fade dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil).<\/p>\n
O estudo analisou 9.881 pessoas com 50 anos ou mais em todas as regi\u00f5es do Brasil. A maior parte dos diagn\u00f3sticos aparece em est\u00e1gios avan\u00e7ados da doen\u00e7a. Ou seja, a doen\u00e7a de Parkinson tem passado despercebida nos sinais iniciais.<\/p>\n
\u201cOs principais sintomas que come\u00e7am com a doen\u00e7a de Parkinson \u00e9 a lentid\u00e3o dos movimentos, movimentos lentos, rigidez muscular e o cl\u00e1ssico tremor, que as pessoas associam ao Parkinson, mas nem todo Parkinson treme\u201d, explica o pesquisador.<\/p>\n
E a culpa n\u00e3o \u00e9 s\u00f3 da falta de informa\u00e7\u00e3o da popula\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
\u201cPor uma falta de especialistas, por uma falta de conhecimento sobre o assunto, a gente precisa se preparar para esse cen\u00e1rio onde a gente vai ter muito mais pessoas vivendo com as levita\u00e7\u00f5es que o Parkinson provoca\u201d, aponta o m\u00e9dico.<\/p>\n
Homens, AVCs e depress\u00e3o<\/strong><\/p>\n Os dados revelam ainda que os homens s\u00e3o mais afetados que as mulheres \u2014 um padr\u00e3o observado tamb\u00e9m em outros pa\u00edses. E as pessoas com Parkinson costumam ter outras condi\u00e7\u00f5es associadas, como depress\u00e3o e acidente vascular cerebral (AVC).<\/p>\n \u201cDepress\u00e3o \u00e9 um sintoma t\u00edpico do paciente que tem Parkinson. A gente viu que eles est\u00e3o associados com AVC. Isso pode ser tamb\u00e9m por um diagn\u00f3stico que pode se confundir de AVC e Parkinson, mas outros estudos epidemiol\u00f3gicos tamb\u00e9m mostraram essas associa\u00e7\u00f5es\u201d, comenta.<\/p>\n Al\u00e9m disso, o estudo aponta que pessoas com Parkinson t\u00eam mais comorbidades e consequentemente, relatam maior depend\u00eancia funcional, maior uso de cadeiras de rodas, mais visitas m\u00e9dicas, e mais dificuldade para locomo\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Regi\u00f5es<\/strong><\/p>\n Entre os achados da pesquisa, um dado curioso: a regi\u00e3o Norte do pa\u00eds apresentou o menor n\u00famero de casos autorrelatados, mas isso n\u00e3o significa que o Parkinson seja raro no local.<\/p>\n \u201cA gente n\u00e3o acredita que \u00e9 [raro] porque tenha menos Parkinson l\u00e1, mas a gente acredita que \u00e9 porque tenha menos reconhecimento da doen\u00e7a\u201d, alerta Schuh.<\/p>\n Viver com Parkinson<\/strong><\/p>\n Apesar de n\u00e3o ter cura, a doen\u00e7a tem tratamento.<\/p>\n \u201cOs pacientes melhoram bem. S\u00e3o pacientes que podem ter grandes limita\u00e7\u00f5es funcionais, mas a gente consegue tratar eles de uma maneira bastante boa, tanto com medicamento quanto com cirurgia\u201d, comenta.<\/p>\n Mas para isso acontecer, o Brasil precisa agir, segundo o pesquisador. Com a popula\u00e7\u00e3o envelhecendo, o sistema de sa\u00fade precisa estar preparado para acolher, diagnosticar e tratar essas pessoas. Hoje, estamos atrasados.<\/p>\n O estudo \u00e9 um apelo \u00e0 pol\u00edtica p\u00fablica para desenvolver um plano nacional de enfrentamento ao Parkinson.<\/p>\n Fonte: G1<\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" \u00a0 Publicado recentemente na revista cient\u00edfica The Lancet Regional Health \u2013 Americas, um estudo in\u00e9dito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Hospital de Cl\u00ednicas de Porto Alegre (HCPA) estima que mais de 500 mil brasileiros com 50 anos ou mais vivem atualmente com a Doen\u00e7a… Continue lendo