{"id":5681,"date":"2024-03-08T12:49:58","date_gmt":"2024-03-08T15:49:58","guid":{"rendered":"https:\/\/agencia5.jornalfloripa.com.br\/agencia5jf\/5681"},"modified":"2024-03-08T12:49:58","modified_gmt":"2024-03-08T15:49:58","slug":"10-mulheres-que-fizeram-historia-no-desenvolvimento-da-internet","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/agencia5.jornalfloripa.com.br\/agencia5jf\/5681","title":{"rendered":"10 mulheres que fizeram hist\u00f3ria no desenvolvimento da Internet"},"content":{"rendered":"
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A hist\u00f3ria da internet e da computa\u00e7\u00e3o passa pelo trabalho importante de diversas mulheres ao longo das d\u00e9cadas, com contribui\u00e7\u00f5es que surgem desde o s\u00e9culo 19. Apesar de o meio ser frequentemente associado a uma maior presen\u00e7a masculina, a atua\u00e7\u00e3o feminina foi determinante para a constru\u00e7\u00e3o da web como vemos hoje, com uma s\u00e9rie de avan\u00e7os em programa\u00e7\u00e3o, seguran\u00e7a e distribui\u00e7\u00e3o das redes.<\/p>\n
O Canaltech<\/strong> preparou uma lista com algumas das principais mulheres respons\u00e1veis pela forma\u00e7\u00e3o da internet \u2014 veja os nomes:<\/p>\n Ada Lovelace pode ser considerada a primeira programadora da hist\u00f3ria e atingiu esse posto numa \u00e9poca em que os computadores pessoais sequer eram uma realidade. A inglesa desenvolveu o primeiro algoritmo capaz de ser processado por uma m\u00e1quina, com a m\u00e1quina anal\u00edtica de Babbage, ainda no s\u00e9culo XIX.<\/p>\n – Seu impacto foi tamanho para a programa\u00e7\u00e3o que foi criado o Ada Lovelace Day para celebrar anualmente a contribui\u00e7\u00e3o de mulheres na ci\u00eancia. Desde 2009, o dia \u00e9 comemorado na segunda ter\u00e7a-feira do m\u00eas de outubro.<\/p>\n A norte-americana Grace Hopper \u00e9 uma das figuras mais importantes da hist\u00f3ria da computa\u00e7\u00e3o. Ex-integrante da Marinha dos EUA, ela desenvolveu a linguagem de programa\u00e7\u00e3o Flow-Matic, que posteriormente serviu de base para a linguagem COBOL (usada at\u00e9 hoje no processamento de dados).\u00a0<\/p>\n Al\u00e9m disso, participou ativamente do desenvolvimento do UNIVAC I, o primeiro computador pessoal fabricado e vendido no pa\u00eds. Hopper tamb\u00e9m \u00e9 creditada pela criadora do termo \u201cbug\u201d, quando notou um problema no computador, abriu a m\u00e1quina e atribuiu a causa a um inseto morto.<\/p>\n A hist\u00f3ria de Hedy Lamarr parece at\u00e9 um roteiro de filme, mas \u00e9 completamente real: fugiu de um casamento abusivo na \u00c1ustria durante a Segunda Guerra Mundial e foi para os EUA, se tornou atriz de Hollywood, protagonizou a primeira cena de orgasmo do cinema do pa\u00eds norte-americano e ainda foi respons\u00e1vel por desenvolver uma tecnologia de comunica\u00e7\u00f5es que serviu como base para outros sistemas sem fio, como Wi-Fi e Bluetooth.<\/p>\n Lamarr e o compositor George Antheil desenvolveram um aparelho de salto de frequ\u00eancia que poderia despistar radares nazistas. O governo dos EUA recusou o projeto durante a Segunda Guerra, mas passou a us\u00e1-lo ap\u00f3s o fim da patente. Posteriormente, a tecnologia foi usada no desenvolvimento de telefonia celular, Wi-Fi, distribui\u00e7\u00e3o de GPS e outros sistemas wireless.<\/p>\n Os feitos de Hedy Lamarr foram homenageados por um Doodle do Google no ano de 2015, quando a inventora e atriz completaria seu anivers\u00e1rio de 101 anos, se estivesse viva.<\/p>\n \u00a0<\/p>\n A norte-americana Jean Armour Polly \u00e9 uma personalidade atuante na democratiza\u00e7\u00e3o da internet. Em 1981, quando trabalhava na Biblioteca P\u00fablica de Liverpool, no estado de Nova Iorque, EUA, ela liberou o acesso gratuito aos computadores por l\u00e1, quebrando uma grande barreira de acesso \u00e0 tecnologia.\u00a0<\/p>\n Armour Polly fundou o PUBLIB, um espa\u00e7o para discuss\u00f5es sobre bibliotecas p\u00fablicas online, e foi uma das primeiras te\u00f3ricas sobre como usar a internet \u2014 ela, inclusive, cunhou o termo \u201csurfar na web\u201d em 1992. A profissional faz parte do Hall da Fama da Internet,\u00a0um reconhecimento criado pela Internet Society para valorizar as pessoas mais importantes no desenvolvimento e distribui\u00e7\u00e3o da web.<\/p>\n A uruguaia Ida Holz \u00e9 uma das principais respons\u00e1veis pela chegada da internet \u00e0 Am\u00e9rica Latina. Ela participou ativamente da cria\u00e7\u00e3o do F\u00f3rum Latino-Americano de Rede e tamb\u00e9m coordenou servi\u00e7os de computa\u00e7\u00e3o na Universidade da Rep\u00fablica do Uruguai, quando liderou um projeto para instalar o primeiro nodo de internet do pa\u00eds e criou o dom\u00ednio .uy, usado nos sites da regi\u00e3o.<\/p>\n Holz foi a primeira mulher latino-americana introduzida ao Hall da Fama da Internet.<\/p>\n O Hall da Fama da Internet tamb\u00e9m tem a presen\u00e7a de uma brasileira: Liane Tarouco. Nascida em Cerro Largo, no Rio Grande do Sul, Tarouco foi pioneira na chegada da internet ao Brasil: escreveu o primeiro livro sobre redes de computadores no pa\u00eds, em 1977, e atuou no planejamento da Rede Sul de Teleprocessamento (RST), o primeiro projeto voltado para interligar universidades por uma rede de computadores no pa\u00eds, mas que n\u00e3o se tornou uma realidade pelos custos operacionais.<\/p>\n Tarouco participou da cria\u00e7\u00e3o da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, o primeiro backbone de internet do Brasil que conectou m\u00faltiplos estados, lan\u00e7ado em 1992. Al\u00e9m disso, contribuiu para o desenvolvimento da web em outros pa\u00edses da Am\u00e9rica Latina e da \u00c1frica.<\/p>\n \u00a0<\/p>\n A cientista norte-americana Elizabeth Feinler liderou o Network Information Center (\u201cCentro de Informa\u00e7\u00f5es da Rede\u201d, em tradu\u00e7\u00e3o livre), ou NIC, do ARPANET \u2014 uma esp\u00e9cie de prot\u00f3tipo para transmiss\u00e3o de dados nos EUA que posteriormente virou a internet. Ela foi respons\u00e1vel por criar um manual com listas de servidores de p\u00e1ginas brancas (para identificar pessoas) e p\u00e1ginas amarelas (para identificar servi\u00e7os).<\/p>\n J\u00e1 com a internet consolidada e o uso de DNS para identificar servidores, o NIC atuou na cria\u00e7\u00e3o de dom\u00ednios famosos e usados at\u00e9 hoje, como .com, .gov, .org e .edu. O trabalho de Feinler \u00e9 reconhecido pelo Hall da Fama da Internet.<\/p>\n Yvonne Marie Andr\u00e9s foi protagonista na \u00e1rea de educa\u00e7\u00e3o na internet no final do s\u00e9culo XX e come\u00e7o do s\u00e9culo XIX. A educadora norte-americana fundou a organiza\u00e7\u00e3o Global Schoolnet em 1984 com o objetivo de facilitar projetos educativos, e criou a Global Schoolhouse em 1992 para conectar pesquisadores, cientistas e autores no compartilhamento de projetos.<\/p>\n Ela ainda contribuiu no projeto que permitiu a primeira transmiss\u00e3o ao vivo de um programa de TV na internet, com o World News Now, da emissora ABC, em 1995. Al\u00e9m da presen\u00e7a no Hall da Fama da Internet, tamb\u00e9m foi nomeada uma das 25 pessoas mais influentes do mundo em educa\u00e7\u00e3o tecnol\u00f3gica no ano de 2000.<\/p>\n Mitchell Baker tem um papel important\u00edssimo na distribui\u00e7\u00e3o de conte\u00fados de c\u00f3digo aberto e na navega\u00e7\u00e3o da internet como conhecemos hoje. Ela foi uma das criadoras do projeto Mozilla e atuou por anos como CEO da Mozilla Corporation, respons\u00e1vel por desenvolver o navegador Mozilla Firefox e outras ferramentas open source.<\/p>\n Vale lembrar que o Firefox foi uma importante alternativa no mercado de navegadores no come\u00e7o dos anos 2000, dominado por Internet Explorer no Windows e Safari no macOS, e continua relevante at\u00e9 hoje. Baker deixou o cargo de CEO em fevereiro deste ano, mas ainda atua como chefe da Mozilla Foundation e agora mant\u00e9m o foco em IA e seguran\u00e7a na web. Ela tamb\u00e9m faz aprte do Hall da Fama da Internet.<\/p>\n A cientista da computa\u00e7\u00e3o queniana Dorcas Muthani tem um papel muito importante no uso da internet na \u00c1frica. Ela \u00e9 CEO e fundadora da OPENWORLD, empresa que desenvolve aplica\u00e7\u00f5es na web e na nuvem usadas em sistemas governamentais de pa\u00edses do continente \u2014 estima-se que 54 Estados que integram a Uni\u00e3o Africana usam o servi\u00e7o.<\/p>\n Al\u00e9m disso, Muthoni fundou a organiza\u00e7\u00e3o AfChix, com o objetivo de capacitar mulheres na \u00e1rea da computa\u00e7\u00e3o no continente e foi indicada oa Hall da Fama da Internet.<\/p>\n Neste Dia Internacional da Mulher, voc\u00ea tamb\u00e9m pode buscar inspira\u00e7\u00e3o em outras figuras femininas importantes com alguns filmes baseados em hist\u00f3rias de mulheres reais. Al\u00e9m disso, pode conferir a homenagem feita pelo Google na data.<\/p>\n Leia a mat\u00e9ria no Canaltech.<\/p>\n Trending no Canaltech:<\/p>\n<\/p>\n A hist\u00f3ria da internet e da computa\u00e7\u00e3o passa pelo trabalho importante de diversas mulheres ao longo das d\u00e9cadas, com contribui\u00e7\u00f5es que surgem desde o s\u00e9culo 19. Apesar de o meio ser frequentemente associado a uma maior presen\u00e7a masculina, a atua\u00e7\u00e3o feminina foi determinante para a constru\u00e7\u00e3o da web como vemos… Continue lendo 1. Ada Lovelace<\/h3>\n
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–<\/p>\n2. Grace Hopper<\/h3>\n
3. Hedy Lamarr<\/h3>\n
4. Jean Armour Polly<\/h3>\n
5. Ida Holz<\/h3>\n
6. Liane Tarouco<\/h3>\n
7. Elizabeth Feinler<\/h3>\n
8. Yvonne Marie Andr\u00e9s<\/h3>\n
9. Mitchell Baker<\/h3>\n
10. Dorcas Muthoni<\/h3>\n
Encontre mais inspira\u00e7\u00e3o<\/h2>\n
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