{"id":7291,"date":"2024-03-12T13:01:30","date_gmt":"2024-03-12T16:01:30","guid":{"rendered":"https:\/\/agencia5.jornalfloripa.com.br\/agencia5jf\/7291"},"modified":"2024-03-12T13:01:30","modified_gmt":"2024-03-12T16:01:30","slug":"amazonia-em-2023-garimpo-ilegal-devastou-area-equivalente-a-quatro-campos-de-futebol-por-dia","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/agencia5.jornalfloripa.com.br\/agencia5jf\/7291","title":{"rendered":"Amaz\u00f4nia: em 2023, garimpo ilegal devastou \u00e1rea equivalente a quatro campos de futebol por dia"},"content":{"rendered":"
\u00a0<\/p>\n
Um levantamento divulgado nessa segunda-feira (11) pela ONG Greenpeace mostrou que no ano passado o garimpo ilegal devastou 1.410 hectares nas terras ind\u00edgenas dos povos Kayap\u00f3, Munduruku e Yanomami. O n\u00famero equivale ao desmatamento de quatro campos de futebol por dia, segundo a institui\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
As terras Kayap\u00f3, Munduruku e Yanomami s\u00e3o as mais afetadas pela expans\u00e3o garimpeira, concentrando 95% da minera\u00e7\u00e3o ilegal em territ\u00f3rios ind\u00edgenas. De acordo com o Greenpeace, o garimpo irregular devastou 26 mil hectares dos tr\u00eas territ\u00f3rios, uma \u00e1rea maior do que a cidade do Recife.<\/p>\n
No ano passado, a terra Kayap\u00f3 foi a mais devastada por garimpo ilegal, somando 1.019 hectares. No acumulado at\u00e9 dezembro de 2023, o territ\u00f3rio tem mais de 15,4 mil hectares de garimpo.<\/p>\n
De acordo com a ONG, hoje o territ\u00f3rio dos Munduruku \u00e9 o segundo mais invadido. O levantamento da entidade mostrou que os garimpos est\u00e3o perto de pelo menos 15 aldeias. At\u00e9 dezembro de 2023, a \u00e1rea total garimpada somava 7.094 hectares. Considerando os n\u00fameros dos \u00faltimos dois anos, a atividade nos rios do povo Munduruku devastou uma \u00e1rea de 582,7 hectares, superior a 580 campos de futebol.<\/p>\n
No territ\u00f3rio Yanomami, 3.892 hectares foram devastados por garimpeiros at\u00e9 2023. Os dados do Greenpeace mostram que a abertura de novas \u00e1reas da atividade teve um pico em janeiro, seguida por uma queda dr\u00e1stica em fevereiro, logo ap\u00f3s o governo federal decretar situa\u00e7\u00e3o de emerg\u00eancia nacional no territ\u00f3rio. Em mar\u00e7o e outubro houve novos auges de expans\u00e3o garimpeira.<\/p>\n
A ONG alerta que o garimpo causa graves danos ao meio ambiente e coloca em risco n\u00e3o s\u00f3 os povos origin\u00e1rios, mas tamb\u00e9m toda a popula\u00e7\u00e3o, pois gera uma s\u00e9rie de impactos negativos.<\/p>\n
Entre os preju\u00edzos, a organiza\u00e7\u00e3o cita viol\u00eancia contra os povos ind\u00edgenas, com assassinatos, amea\u00e7as e aliciamentos; contamina\u00e7\u00e3o dos rios por merc\u00fario, afetando a sa\u00fade de pessoas e animais; desmatamento e perda de biodiversidade, dificultando combate \u00e0 crise clim\u00e1tica e prote\u00e7\u00e3o da Amaz\u00f4nia; degrada\u00e7\u00e3o cultural e social das comunidades ind\u00edgenas e popula\u00e7\u00f5es tradicionais; e abertura para que o narcotr\u00e1fico adentre terras ind\u00edgenas.<\/p>\n
Fonte: R7<\/em><\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" \u00a0 Um levantamento divulgado nessa segunda-feira (11) pela ONG Greenpeace mostrou que no ano passado o garimpo ilegal devastou 1.410 hectares nas terras ind\u00edgenas dos povos Kayap\u00f3, Munduruku e Yanomami. O n\u00famero equivale ao desmatamento de quatro campos de futebol por dia, segundo a institui\u00e7\u00e3o. As terras Kayap\u00f3, Munduruku e… Continue lendo