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\n S\u00e3o Paulo\n <\/div>\n
\n SP: 94% dos alunos dizem que concentra\u00e7\u00e3o na aula piorou p\u00f3s-pandemia
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O objetivo era investigar n\u00e3o s\u00f3 a capacidade de restaura\u00e7\u00e3o da aten\u00e7\u00e3o, mas aspectos como o controle executivo, que envolve os processos de planejamento e gerenciamento de a\u00e7\u00f5es voltadas a determinado objetivo.<\/p>\n
Ao final da caminhada, todos repetiram o teste e reportaram como se sentiam. Esses dados, aliados aos resultados do EEG, revelaram que a simples caminhada leve, em qualquer ambiente, melhora a aten\u00e7\u00e3o e ajuda a recuperar as fun\u00e7\u00f5es. No entanto, os que andaram em contato com a natureza se sa\u00edram melhor nas tarefas de controle executivo e relataram maior recupera\u00e7\u00e3o que os demais.<\/p>\n
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\u201cO estudo sugere que a natureza permitiu que os mecanismos neurais relacionados ao controle executivo descansassem e se recuperassem. Ou seja, essas pessoas conseguiram completar melhor a tarefa ap\u00f3s a caminhada\u201d, avalia Eliseth Le\u00e3o, pesquisadora e docente do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. \u201cA ativa\u00e7\u00e3o da nossa rede de aten\u00e7\u00e3o \u00e9 o que permite direcionar nossa concentra\u00e7\u00e3o e manter o foco, por isso a import\u00e2ncia da sua restaura\u00e7\u00e3o.\u201d<\/p>\n
Segundo os autores, o teste refor\u00e7a a teoria que descreve os mecanismos pelos quais um ambiente natural beneficia a aten\u00e7\u00e3o. Na natureza, a pessoa se afasta de fatores estressantes e fica mais confort\u00e1vel, al\u00e9m de que no ambiente natural a aten\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 dirigida \u2013 diferente de olhar para uma tela de celular ou ficar no tr\u00e2nsito, por exemplo.<\/p>\n
\u201cA aten\u00e7\u00e3o \u00e9 captada de forma suave por algo que nos atrai pela beleza\u201d, explica Le\u00e3o. \u201cAssim, a natureza permite que os mecanismos que sustentam nossa aten\u00e7\u00e3o dirigida descansem e se recuperem, \u00e0 medida que percebemos sem esfor\u00e7o o ambiente que nos rodeia.\u201d<\/p>\n
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Como explica a especialista, o ser humano percebe o mundo por meio dos sentidos. Quem vive em grandes centros est\u00e1 exposto a um bombardeio de est\u00edmulos, principalmente visuais e auditivos. \u201cA polui\u00e7\u00e3o sonora, por exemplo, est\u00e1 associada a maiores n\u00edveis de estresse, agita\u00e7\u00e3o e prepara\u00e7\u00e3o para uma desnecess\u00e1ria \u2018luta ou fuga\u2019 [uma rea\u00e7\u00e3o que ocorre na presen\u00e7a de algo amea\u00e7ador]. Alguns estudos indicam inclusive a associa\u00e7\u00e3o entre a polui\u00e7\u00e3o do ar e o desempenho estudantil.\u201d<\/p>\n
Isso ocorre porque evolutivamente sons altos sempre representaram e, em muitos casos ainda representam, um perigo (como o urro de um animal ou a explos\u00e3o de uma bomba). \u201cNos grandes centros, o ac\u00famulo e a superexposi\u00e7\u00e3o acabam exercendo um papel semelhante ao despertar uma rea\u00e7\u00e3o mediada pelos horm\u00f4nios do estresse\u201d, explica Le\u00e3o. Isso sem contar a superexposi\u00e7\u00e3o \u00e0 tecnologia, que consome aten\u00e7\u00e3o e produz desgaste mental.<\/p>\n