MP do Rio aponta Rogério Andrade como líder de grupo de extermínio

Rio de Janeiro – O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prendeu nesta terça-feira (29) o bicheiro Rogério Andrade, conhecido contraventor do jogo do bicho, acusado de comandar uma organização criminosa complexa que incluía um grupo de extermínio formado por ex-delegados e ex-policiais militares. A prisão faz parte da Operação Último Ato, coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Segundo as investigações, o grupo atuava na execução de rivais e na disputa pelo controle de áreas para o jogo ilegal na Zona Oeste do Rio. Andrade, além de liderar a rede, é acusado de ordenar o assassinato de Fernando Iggnácio, neto de Castor de Andrade e seu rival no setor de contravenções. Gustavo Andrade, filho de Rogério e conhecido como “Príncipe Regente”, ocupava o segundo posto no esquema.

Detalhes das Ações do Grupo

Os promotores afirmam que o grupo de extermínio executava ordens diretas de Andrade, visando eliminar concorrentes e consolidar o domínio sobre jogos de azar e caça-níqueis. Entre os integrantes estava o ex-PM Ronnie Lessa, condenado pelo assassinato da vereadora Marielle Franco, e a delegada Adriana Belém, acusada de facilitar as atividades criminosas da organização.

Assassinato de Fernando Iggnácio

Fernando Iggnácio foi executado em novembro de 2020 em uma emboscada no Recreio dos Bandeirantes, orquestrada pelo grupo de Rogério Andrade. De acordo com as investigações, Gilmar Eneas Lisboa, preso junto com Andrade, monitorou os movimentos de Iggnácio até o local do crime, onde um atirador disparou com um fuzil calibre 556, acertando a cabeça da vítima.

Histórico de Acusações

Em 2021, o MPRJ já havia denunciado Andrade pelo assassinato de Iggnácio, mas a 2ª Turma do STF suspendeu a ação por falta de provas. No entanto, novas investigações do Gaeco trouxeram à tona evidências que justificaram a reabertura do caso.

A lista de crimes atribuídos a Rogério Andrade se estende além do homicídio. Em maio de 2022, a Operação Calígula revelou atividades de exploração de jogos de azar, corrupção de autoridades, lavagem de dinheiro e envolvimento em homicídios. Na ocasião, tanto Rogério quanto Gustavo foram incluídos na lista de procurados pela Interpol.

Apesar das restrições impostas, como o uso de tornozeleira eletrônica, Andrade obteve autorização do STF em abril deste ano para retirar o monitoramento, após cerca de 18 meses em prisão domiciliar noturna.

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Perguntas Frequentes sobre o Caso Rogério Andrade

Quem é Rogério Andrade?
Ele é um conhecido contraventor do Rio de Janeiro, envolvido no jogo do bicho e acusado de liderar um grupo de extermínio.

Qual o papel de Gustavo Andrade na organização?
Gustavo, filho de Rogério, é apontado como “Príncipe Regente”, ocupando o segundo posto na hierarquia da rede criminosa.

O que é a Operação Último Ato?
É uma operação do MPRJ destinada a desmantelar a organização criminosa de Rogério Andrade, resultando na sua prisão e de outros envolvidos.

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