Dólar permanece estável com queda no desemprego e “calmaria” fiscal

O dólar abriu estável, oscilando levemente entre uma baixa e uma alta de 0,09% nesta quinta-feira (31/10), último pregão do mês de outubro. Investidores seguem  repercutindo novos dados econômicos no Brasil e a eleição nos Estados Unidos.

Por volta das 10h30 desta quinta, a moeda norte-americana valia R$ 5,76.

Na quarta-feira, as novas falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o cenário fiscal acalmaram os mercados. Ele afirmou entender a “inquietação” do mercado sobre o chamado “risco fiscal” de descontrole das contas e disse que a equipe econômica vai apresentar propostas de cortes de gastos obrigatórios para manter o arcabouço fiscal operante.

Investidores também levam em conta os dados de emprego da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. A taxa de desemprego no Brasil recuou para 6,4% no trimestre encerrado em setembro (de julho a setembro de 2024). Esta é a segunda menor taxa da série histórica, iniciada em 2012 — ficando atrás apenas do trimestre encerrado em dezembro de 2013 (6,3%).

Nos Estados Unidos, além das incertezas eleitorais, analistas avaliam a inflação do índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE), que subiu 0,2% em setembro ante agosto, em linha com o esperado. O núcleo do índice, que exclui os itens mais voláteis, como os preços de energia e de alimentos, avançou 0,3% em setembro em base mensal, após a alta de 0,2% do mês anterior e dentro do esperado pelo consenso. Na comparação anual, o núcleo do deflator do PCE avançou 2,7%, mesmo nível registrado em agosto e acima do consenso de 2,6%.

O PCE é o índice favorito do Federal Reserve (FED) por levar em conta no seu cálculo a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços mais consumidos no país.

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