Lewandowski critica investigação do Caso Marielle e é contestado por Castro

Brasília – Em uma reunião no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (31), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, fez duras críticas à condução das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes por parte da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Durante o encontro, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de representantes de 18 estados, Lewandowski destacou a demora da Polícia Civil do Rio para elucidar o caso, que ocorreu em março de 2018.

“A Polícia do Rio de Janeiro demorou cinco anos para elucidar o crime e, mesmo assim, sem resolver completamente. A Polícia Federal, com uma equipe de sete homens, desvendou as motivações por trás deste crime lamentável”, disse Lewandowski, sendo imediatamente interrompido pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que reagiu à crítica.

Governador responde à crítica e reforça foco na segurança pública

Após a declaração de Lewandowski, Castro rebateu o ministro em tom firme, afirmando que esperava que a pauta da reunião fosse focada na PEC da Segurança Pública, e não em apontamentos sobre investigações passadas. “Entendi que o papel do ministro era discutir a PEC, não questões específicas de segurança”, declarou Castro.

Apesar do embate, Lewandowski tentou manter o tom conciliador, reforçando a importância do diálogo e da cooperação com o governo do Rio de Janeiro. “Não é uma crítica direta, estamos colaborando estreitamente com o estado. O secretário Mário Sarrubbo esteve no Rio a pedido do governador para intensificar nossa parceria”, concluiu o ministro.

Histórico da investigação do Caso Marielle

A Polícia Civil do Rio de Janeiro foi a responsável pelas prisões dos supostos executores do crime, Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa, ambos ex-policiais militares, acusados de estarem diretamente envolvidos no assassinato. Eles estão sendo julgados atualmente no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Após a posse de Lula em janeiro de 2023, a Polícia Federal assumiu a investigação, avançando na identificação dos supostos mandantes do crime: o deputado federal Chiquinho Brazão e seu irmão, o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Domingos Brazão. A Polícia Federal também prendeu o delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa. Os três estão atualmente em presídios federais de segurança máxima.

Perguntas Frequentes sobre o Caso Marielle Franco

Por que a Polícia Civil do Rio foi criticada?
Lewandowski destacou a demora da Polícia Civil do Rio para elucidar o caso, que levou cinco anos sem conclusão definitiva.

Qual foi o papel da Polícia Federal na investigação?
Após assumir o caso, a PF avançou nas investigações, apontando os supostos mandantes do crime e realizando novas prisões.

Quem são os suspeitos presos?
Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos e condenados como executores do crime. Além deles, a PF deteve Chiquinho Brazão e Domingos Brazão, supostos mandantes, e o delegado Rivaldo Barbosa.

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