Mulher diagnosticada com câncer de pulmão achava que tinha Covid longa

No final de 2020, aos 57 anos, a britânica Melanie Erwin procurou um médico por acreditar estar com Covid longa, quadro pós infecção por coronavírus que tem como principais sintomas fadiga e nevoeiro cerebral. Se sentindo muito cansada, a mulher, que nunca fumou, é vegetariana e faz aulas regulares de ioga acreditava que algo estava errado com a própria saúde.

O médico pediu um raio X, e o exame revelou uma massa em seu pulmão esquerdo. Depois de uma biópsia, Melanie foi diagnosticada com câncer de pulmão de não-pequenas células, o tipo mais comum da doença, em estágio 4.

“As pessoas tendem a ficar muito surpresas quando digo que tipo de câncer tenho. Eles olham para mim e para o meu estilo de vida muito saudável e não conseguem entender como tenho esta doença”, conta, em entrevista ao jornal The Mirror.

Melanie fez quimioterapia, radioterapia e cirurgia, mas foram identificados novos nódulos em 2022. Eles eram muito pequenos para fazer biópsia, mas cresceram e, em março de 2024, os médicos descobriram que os tumores são cancerígenos e que o câncer está em seu último estágio.

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No fim do século 20, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis no mundo

O tabagismo é a principal causa. Cerca de 85% dos casos diagnosticados estão associados ao consumo de derivados de tabaco
A mortalidade entre fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram, enquanto entre ex-fumantes é cerca de quatro vezes maior
A exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos e história familiar de câncer de pulmão também favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer
Outros fatores de risco são: exposição ocupacional a agentes químicos ou físicos, água potável contendo arsênico, altas doses de suplementos de betacaroteno em fumantes e ex-fumantes
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O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 13% de todos os casos novos são nos órgãos

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No fim do século 20, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis no mundo

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O tabagismo é a principal causa. Cerca de 85% dos casos diagnosticados estão associados ao consumo de derivados de tabaco

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A mortalidade entre fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram, enquanto entre ex-fumantes é cerca de quatro vezes maior

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A exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos e história familiar de câncer de pulmão também favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer

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Outros fatores de risco são: exposição ocupacional a agentes químicos ou físicos, água potável contendo arsênico, altas doses de suplementos de betacaroteno em fumantes e ex-fumantes

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Os sintomas geralmente não ocorrem até que o câncer esteja avançado. Porém, pessoas no estágio inicial da doença já podem apresentar tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito, pneumonia recorrente, cansaço extremo, rouquidão persistente, piora da falta de ar, diminuição do apetite e dificuldade em engolir

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O diagnóstico do câncer no pulmão é feito com a avaliação dos sinais e sintomas apresentados, o histórico de saúde familiar e o resultado de exames específicos, como a radiografia do tórax, tomografia computadorizada e biópsia do tecido pulmonar

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Para aqueles com doença localizada no pulmão e nos linfonodos, o tratamento é feito com radioterapia e quimioterapia ao mesmo tempo

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Em pacientes que apresentam metástases a distância, o tratamento é com quimioterapia ou, em casos selecionados, com medicação baseada em terapia-alvo

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A cirurgia, quando possível, consiste na retirada do tumor com uma margem de segurança, além da remoção dos linfonodos próximos ao pulmão e localizados no mediastino. É o tratamento de escolha por proporcionar melhores resultados e controle da doença

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O diagnóstico veio como um choque para a britânica, que conta, em textos publicados em um blog, que acreditava ser uma sentença de morte e ficou completamente entorpecida quando recebeu a notícia. Hoje, ela faz tratamento com medicação para evitar o desenvolvimento dos tumores, mas sabe que, em algum ponto, o remédio vai parar de fazer efeito.

“Minha esperança é que, até lá, outra droga estará disponível. Meu objetivo é viver com câncer de pulmão em estágio 4 e eventualmente morrer com ele, não por causa dele”, afirma.

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