Governo do Rio contrata CPTM para levar solução ao sistema ferroviário

São Paulo — O governo do Rio de Janeiro contratou a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que opera o transporte sobre trilhos na região metropolitana de São Paulo, para buscar uma solução para o sistema ferroviário fluminense. O contrato, de R$ 2,4 milhões, prevê a elaboração de estudos técnicos e financeiros que permitam recuperar a operação de trens urbanos hoje nas mãos da SuperVia.

O anúncio da consultoria foi feito nessa quinta-feira (7/11). Segundo a companhia paulista, os estudos previstos no primeiro contrato devem considerar a mensuração de custos para operação, manutenção e estabilização do transporte ferroviário do Rio de Janeiro. O sistema fluminense tem uma malha de 270 km, dividida em cinco ramais, três extensões e 104 estações, transportando cerca de 300 mil passageiros por dia.

A Central Logística, órgão vinculado à Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana do Estado do Rio, afirmou ter escolhido a CPTM por causa da expertise da empresa paulista — que transporta 1,6 milhão de passageiros por dia útil, ao longo de uma malha de 196 km espalhados por 18 municípios.

O prazo para a entrega dos estudos é de 30 dias a partir da emissão da ordem de serviços, assinada nessa quinta-feira.

“A CPTM irá desenvolver dois diferentes produtos de engenharia de custos: um orçamento estimado referente aos custos de operação e manutenção do Sistema de Transporte Ferroviário de Passageiros da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, tendo como referência as características da malha paulista operada por nós e um orçamento detalhado dos serviços necessários para a estabilização do mesmo sistema, com base na relação de serviços e quantidades encaminhadas pela Central Logística”, explicou o diretor de Planejamento e Novos Negócios da CPTM, José Marcos Miziara Filho.

A operação dos trens urbanos no Rio de Janeiro enfrenta um histórico de crise com a SuperVia. Usuários relatam sucateamento, atrasos e falhas constantes, além de recorrentes ocorrências de vandalismo e furtos de cabos na rede. A empresa, que está em recuperação judicial, já manifestou desejo de abandonar o contrato.

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