Estudantes baianos, inclusive um de Amargosa, descobrem asteroides e são premiados pela NASA

Muitas pessoas experimentam um sentimento de admiração ao contemplar o céu estrelado. Para seis estudantes da rede estadual de ensino da Bahia, o hábito de observar as estrelas vai além: está diretamente ligado ao interesse de encontrar e identificar um asteroide para chamar de seu e ter seu nome em destaque no campo da Ciência. Integrantes do projeto “Caça Asteroides”, uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil em parceria com a Agência Espacial Americana, eles acabam de ser premiados pela NASA pela descoberta de sete novos corpos celestes.

O projeto tem como objetivo fomentar a busca por novos asteroides que possam representar riscos ao planeta e permite que qualquer estudante interessado contribua para a detecção e análise de fragmentos de corpos celestes, como aconteceu com Ana Júlia Rocha, Maria Clara Ribeiro, Larissa Vieira, Robert Figueiredo e Jeferson Nascimento, do Colégio da Polícia Militar do Lobato, em Salvador, responsáveis pela descoberta dos asteroides nomeados P21XZQY, P21XZUK, P21XZUN, P11Y7UG, P21YDK0 e P21YDSI.

A chance de colaborar com uma iniciativa tão importante na área da Ciência tem sido uma experiência impactante para a estudante Ana Júlia Rocha, de 16 anos, que cursa o 2º ano no CPM de Lobato. “Está me permitindo desenvolver novas habilidades. Saber que minha participação pode de alguma forma contribuir para descobertas reais e significativas no campo científico é algo que me motiva a seguir em frente, buscando aprender cada vez mais”, ressalta.

Divulgação

Já o estudante Lucas Antônio, do Centro Territorial de Educação Profissional (CETEP) do Vale do Jiquiriçá, no município de Amargosa, nomeou sua descoberta como o asteroide LAD0001 e agora passa a integrar um seleto grupo de jovens que já contribuíram para a exploração espacial. “Ainda estou processando toda a emoção deste momento tão importante. Contei com a Ciência e o apoio do CETEP e do meu professor orientador, André Menezes, neste processo de aprendizado para transformar um sonho em realidade. A descoberta também serve como inspiração para outros estudantes brasileiros, mostrando que o futuro da ciência pode começar na sala de aula.”

“Os estudantes nunca mais verão o céu da mesma forma. Agora, eles passam a enxergar para além da nossa galáxia. Acredito mais do que nunca numa escola pública de qualidade, fruto do trabalho que vem sendo realizado pela Secretaria da Educação do Estado, destacando, como ponto de partida, os programas e projetos que envolvem a Ciência e a Cultura. A vida de nossos meninos e meninas vem sendo transformada”, avalia a gestora do CPM de Lobato, Leonor Salgado.

Método – Um asteroide é definido pelos astrônomos como um pequeno pedaço de rocha orbitando o Sol. No âmbito do projeto Caça Asteroides, os estudantes têm a oportunidade de analisar imagens captadas por telescópios espaciais e, por meio de um aplicativo, identificar possíveis asteroides ou outros objetos. Para fazer a descoberta, os estudantes analisaram os movimentos desses corpos celestes e, ao identificarem algum padrão específico, passaram a observar outras informações, como a magnitude, para emitir relatórios.

Fonte: Ascom/SEC

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