Galp vai estreitar parcerias com Unit e ITP no setor de gás e energia

 

Uma parceria mais estreita e madura para atender as demandas do setor de petróleo, gás e energia. É o que será construído pela Universidade Tiradentes (Unit) e pelo Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP) com a companhia Galp, de Portugal, que atua no Brasil e em outros nove países da Europa e da África. A empresa, que tem convênios e parcerias com o ITP desde 2014, apoiando projetos e pesquisas de desenvolvimento para demandas do setor, abriu discussões para a formulação de um novo modelo de parceria, com foco no incentivo à pesquisa científica, ao estabelecimento de parcerias com a indústria e ao surgimento de novos negócios.

O assunto foi tratado em uma visita recente de dois diretores da subsidiária brasileira da Galp: o engenheiro de projetos Douglas Soares e o diretor de inovações Carlos Augusto, que estiveram no Campus Farolândia da Unit, em Aracaju, e conheceram a infraestrutura de ponta montada nos 23 laboratórios do ITP, com equipamentos de última geração e outros de poucos exemplares em funcionamento no mundo. Eles também se inteiraram sobre a infraestrutura dos cursos de exatas da Unit, incluindo laboratórios e salas de aula, e o Tiradentes Innovation Center, centro de inovação que integra, com as outras duas instituições, o Ecossistema Tiradentes.

Ao longo dos 10 anos de parcerias, a Galp apoiou três grandes projetos de pesquisa desenvolvidos no ITP, com cerca de R$ 30 milhões em investimentos, principalmente na compra e desenvolvimento de equipamentos de última geração para os laboratórios do instituto, onde professores e estudantes dos cursos de graduação (iniciação científica) e de pós-graduação (stricto sensu) da Unit participam das pesquisas e também desenvolvem atividades práticas. Os programas de pós-graduação da Unit também têm pesquisas de mestrado e doutorado apoiados pela companhia lusa.

O presidente do ITP, Paulo do Eirado Dias Filho, assinala que ele é uma referência em pesquisa na área de energias, com alta capacidade de geração de estudos e projetos, o que qualifica o instituto, e por consequência todo o Ecossistema Tiradentes, a produzir conhecimentos e soluções dentro da agenda atual, focada no combate às mudanças climáticas, na descarbonização e na ampliação do uso de energias renováveis.

“Nós temos uma posição bastante privilegiada, tanto em torno do domínio do conhecimento e do Parque Tecnológico, quanto ainda de estarmos no Nordeste, que é uma região que tem assim um potencial incrível para oferecer soluções para todo o país em matéria de energia. Talvez isso venha ser a maior fonte de soluções e de renda até para o próprio Nordeste. E nós somos um centro de referência nessa área, o que é fruto de um trabalho, de uma caminhada institucional de cerca de 26 anos que vai se consolidando e trazendo para todo o Ecossistema Tiradentes, no contexto de um conjunto em que um está abastecendo o outro e fazendo as trocas intensificarem cada vez mais”, diz Eirado.

A visita abriu caminhos e discussões sobre novas formas de relacionamento, integrando ainda mais a empresa e as instituições, buscando atender às demandas do setor de gás e energia. Entre essas possibilidades, estão a comercialização de patentes, o estabelecimento de parcerias com indústrias e empresas da área de gás e energia, e o incentivo à criação de empresas e startups no setor, a partir de projetos e pesquisas desenvolvidas pelos estudantes e pesquisadores da Unit e do ITP.

Uma primeira conversa neste sentido foi travada pelos representantes da Galp com o diretor-executivo do Grupo Tiradentes, professor Jouberto Uchôa de Mendonça Júnior. “Ele deixou todas as portas abertas para que a gente possa discutir um novo modelo de relacionamento. A gente precisa criar uma parceria mais sólida para que Unit, Galp e ITP possam atender juntos a um mercado cada vez mais demandante de soluções. E não é só a questão do petróleo e gás, pois a Galp é uma empresa que se consolida no mercado como uma empresa de energia”, destaca o diretor de Relações Institucionais da Unit, Marcos Wandir Nery Lobão.

Ainda segundo Wandir, o novo modelo pode abrir caminho para estabelecer parcerias e alcançar novos mercados no setor, repercutindo positivamente na formação e na qualificação dos alunos. “A pesquisa é agora uma mola mestra para negócios. Há um binômio que a gente precisa trabalhar muito. Tem muito investimento para se montar negócios, mas que precisa ter um conhecimento científico tecnológico muito sólido. Isso impacta tanto os alunos da graduação, através da iniciação científica, e também os de mestrado e doutorado, cujos projetos de dissertações e teses já podem ser desenhados dentro desse novo modelo de negócio”, diz ele.

“A Galp considera o ITP como um parceiro estratégico, de confiança, com o qual eles podem contar no Nordeste, em razão da credibilidade, da realização eficaz dos projetos e da correção na prestação de contas dos recursos enviados. Em razão disso, eles estão buscando novas formas de envolvimento nessa parceria que vai além da questão da pesquisa e desenvolvimento, mas para a partir disso se dar mais maturidade a esses estudos e patentes. É transformar tudo isso em meios de geração de renda, de obtenção de aplicações no mundo industrial e no mundo do petróleo, na ecologia, para o combate ao excesso de carbono e desenvolvimento de outras formas limpas renováveis de energia”, afirma o presidente do ITP, Paulo do Eirado Dias Filho.

Fonte: Asscom Unit

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