James Webb captura imagem incrível da Galáxia do Sombrero

A Agência Espacial Europeia (ESA) publicou na segunda (25) uma nova foto de Messier 104, a Galáxia do Sombrero. A imagem foi capturada pelo telescópio James Webb, e revela o núcleo da galáxia com pouco brilho, cercado por um disco interno de poeira. Além disso, os novos dados mostraram detalhes do anel externo desta galáxia, muitos deles vistos pela primeira vez.

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  • O que tem no centro da Via Láctea?

Messier 104, ou apenas M104, é uma galáxia do tipo espiral. Ela fica a 28 milhões de anos-luz de nós e seu anel mais externo é marcado por aglomerados de poeira que, agora, foram observados pela primeira vez no infravermelho.

Galáxia do Sombrero pelos “olhos” do telescópio James Webb no infravermelho médio… (Imagem: Reprodução/NASA, ESA, CSA, STScI)

Segundo a ESA, observações do instrumento MIRI mostraram que estes agrupamentos de poeira têm os chamados hidrocarbonetos aromáticos. Eles são moléculas com carbono que podem indicar a presença de regiões jovens de formação estelar. 


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Só que, diferentemente de outras galáxias estudadas com o Webb, a do Sombrero não é bem uma “especialista” na formação de estrelas. Na verdade, seus anéis de poeira produzem menos que uma massa solar de estrelas a cada ano, enquanto a Via Láctea gera quase duas. 

Ainda, a galáxia abriga cerca de 2 mil aglomerados estelares do tipo globular. Eles são grupos formados por milhares de antigas estrelas que se mantêm unidas com a ajuda da gravidade, servindo como verdadeiros laboratórios cósmicos; como há várias estrelas juntas em um só sistema e com a mesma idade, mas massas diferentes, os astrônomos podem realizar estudos comparativos delas.

…e a galáxia observada na luz visível pelo telescópio Hubble (Imagem: Reprodução/NASA, ESA, CSA, STScI, Hubble Heritage Team (STScI/AURA)

Agora, façamos uma visita ao centro da galáxia. É ali que está seu buraco negro, um objeto que, apesar de ter a densidade de 9 bilhões de massas solares, é bastante dócil: ele é considerado um núcleo galáctico ativo de baixa luminosidade, porque faz “lanches” ocasionais e lentos de matéria da galáxia enquanto emite jatos pequenos e brilhantes.

Vale lembrar que imagens espetaculares como esta, bem como as demais descobertas proporcionadas pelo James Webb, são apenas o começo. “Recentemente, cientistas de todo o mundo se uniram — virtualmente — para se candidatar para tempo de observação com o telescópio em seu quarto ano de operações científicas, que começa em julho de 2025”, acrescentou a ESA. 

As propostas de estudos são diversas, e a maior parte do tempo de observação foi solicitado para a observação de galáxias distantes, atmosferas de exoplanetas, estrelas e populações estelares. Assim, mais descobertas estão a caminho; basta aguardar. 

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