Polícia investiga advogadas por aplicarem golpe do falso frete em SP

São Paulo Ao menos 19 pessoas fazem parte de uma quadrilha especializada em aplicar golpes do falso frete e em lavagem de dinheiro que está sendo investigada pela Polícia Civil de São Paulo. Nesta terça-feira (26/11), foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná.

Contando com cerca de 150 agentes, a operação investiga duas advogadas, que moram em Assis, no interior paulista. As mulheres são suspeitas de integrarem a organização, colaborando principalmente com a lavagem de dinheiro.

As principais cidades alvos da operação, além de Assis, são Iepê, a capital paulista, Santo André, Nantes, Cruzália, Araras, Cândido Mota, Borborema, Itapetininga, Macaraí, Guaíra e Santópolis do Aguapeí.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), foi constatado que os motoristas, cadastrados em uma plataforma online de frete, quando em posse da carga —geralmente grãos —, simulavam que os veículos tinham sido roubados com a mercadoria. Eles chegavam a apresentar boletim de ocorrência falso às vítimas e encaminhavam as cargas para empresas receptoras.

A operação começou a ser investigada em junho de 2023, em Iepê. O primeiro caso registrado foi de dois motoristas que foram contratados por uma empresa local para fretar uma carga, que nunca chegou ao destino, de 38 toneladas de soja. Além disso, em 2013, a quadrilha desviou mais de 40 cargas de grãos, gerando um prejuízo em torno de R$ 10 milhões às vítimas.

Pelo menos 10 motoristas faziam parte do grupo, usando veículos dos líderes do esquema. No total, 19 pessoas foram identificadas e respondem criminalmente por furto qualificado pela fraude, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Quatro empresas de grãos, localizadas em São Paulo, também são alvos dos mandados de busca e apreensão.

De acordo com a SSP, essa é a segunda fase da Operação Flasus, que foi desencadeada em março de 2024. Seis pessoas foram condenadas em primeira instância pela Justiça de São Paulo.

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