AI PCs sofrem com falta de adesão do público e vendas continuam fracas

Em seu mais novo estudo, a TrendForce revela que a venda de AI PCs não é tão positiva quanto as grandes companhias fazem parecer. De acordo com a analista de mercado, o público não está aderindo aos notebooks com inteligência artificial tão rápido quanto era esperado.

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“O impacto de notebooks com inteligência artificial integrada no mercado geral permanece limitado por enquanto”, declara a empresa.

Os dados da TrendForce sobre os AI PCs combinam com o que foi apresentado por outro instituto de pesquisa, a IDC Research. Em setembro, um levantamento da firma mostrou que o público comprou os notebooks com IA não por causa de suas capacidades de processamento neural, mas sim em razão de serem os modelos disponíveis nas principais plataformas. 


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As vendas estão tão baixas que até a Microsoft admitiu que, de todos os Copilot+ PC enviados para as lojas no terceiro trimestre de 2024, apenas 10% das unidades foram vendidas. 

 

De acordo com os pesquisadores, os AI PCs terão uma adesão lenta, mas que conquistarão o mercado com o passar do tempo. 

Levando em consideração que novos notebooks serão equipados com processadores AMD Ryzen AI 300, Intel Core Ultra 200, Qualcomm Snapdragon X e suas versões futuras, as baixas vendas reverterão em algum momento. 

2024 não foi tão lucrativo para notebooks

Mesmo que o envio de notebooks tenha previsão de crescimento anual de 3,9% em 2024, a previsão para o fim de ano continua baixa. Mesmo que atinja as 174 milhões de unidades vendidas durante todo o período, a indústria ainda está se recuperando das demissões em massa globais e instabilidades política.

A TrendForce espera que a venda de notebooks profissionais suba 4,9% em 2025, enquanto a projeção é que os modelos comuns para o consumidor atinjam um aumento de 3%. 

A expectativa é que o fim do suporte ao Windows 10 seja o principal fator que motive as empresas a trocarem seus dispositivos, buscando manter computadores seguros e atualizados na equipe. 

Já para o consumidor comum, é esperado um aumento significativo na venda de notebooks com componentes “high-end”. Considerando que a NVIDIA pretende lançar suas placas de vídeo GeForce RTX 50 para desktop e notebooks a partir de janeiro, muitos poderão trocar por um modelo superior aos vistos atualmente. 

Também é esperado um crescimento na venda de Chromebooks, com uma expectativa de 8% de aumento. Isso se deve ao Japão, que está prestes a lançar a iniciativa GIGA School 2.0, fornecendo um notebook novo para cada aluno da rede escolar pública do país. 

Incertezas políticas podem impedir avanço

Mesmo esperando um leve aumento na venda de notebooks e AI PCs de 2025 em diante, isso dependerá da forma como o futuro presidente dos EUA, Donald Trump, vai lidar com as taxas de importação — hoje, 89% de toda a produção global dos dispositivos é fabricada no leste asiático.

Algumas companhias já estão abandonando suas fábricas na China, buscando países mais alinhados ao governo norte-americano, como o Vietnã e o México. No entanto, é importante ressaltar que ajustar uma nova fábrica e logística em um novo país não é algo tão simples e pode impactar – tanto na fabricação quanto no envio das unidades.

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