Emendas: 5 bolsonaristas são mais favorecidos após liberação pelo STF

Cinco senadores bolsonaristas são os principais favorecidos pelas emendas individuais executadas e pagas em dezembro, após o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizar a liberação desses recursos pelo governo Lula depois de quatro meses de bloqueio. São eles: Luis Carlos Heinze (PP-RS), Rogério Marinho (PL-RN), Ciro Nogueira (PP-PI), Marcos Rogério (PL-RO) e o Astronauta Marcos Pontes (PL-SP).

Os dados constam no Siga Brasil, plataforma de acompanhamento do Orçamento mantida pelo Senado. Juntos, esses senadores somam R$ 158,9 milhões em emendas executadas e pagas em dezembro. A distribuição foi feita desta maneira:

Heinze foi um dos defensores de Bolsonaro durante a Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou ações e omissões do governo federal no decorrer da pandemia de Covid. Rogério Marinho, Ciro Nogueira e Marcos Pontes foram ministros do Desenvolvimento Regional, da Casa Civil e da Ciência e Tecnologia no governo passado, respectivamente. Marcos Rogério também defendeu o ex-presidente na CPI e foi líder da oposição no Senado.

No total, o governo Lula conseguiu executar e pagar R$ 7,27 bilhões no último mês do ano, de acordo com a última atualização do portal, feita no dia 15/12. A maior parte desse montante, R$ 19 bilhões, foi destinada a bancadas estaduais.

Esse tipo de emenda é assinada em conjunto pelos parlamentares de cada ente da Federação, não sendo possível a identificação do autor individual de cada projeto. As bancadas estaduais mais favorecidas foram: Rio Grande do Norte (R$ 181,1 milhões), Santa Catarina (R$ 144,2 milhões), Paraíba (R$ 142,3 milhões), Minas Gerais (R$ 127,4 milhões) e Pernambuco (R$ 124,9 milhões).

Levando-se em conta as emendas pagas durante todo o ano, os parlamentares mais atendidos até o momento são os senadores Zenaide Maia (PSD-RN), com R$ 75,9 milhões; Weverton (PDT-MA), com R$ 72,7 milhões; Jader Barbalho (MDB-PA), com R$ 71,9 milhões; Marcelo Castro (MDB-PI), com R$ 71,8 milhões; e Beto Faro (PT-PA), com R$ 71,5 milhões.

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