Inteligência artificial aplicada à indústria é tendência em 2024

O ano de 2024 começa com as empresas reconhecendo a própria importância e focando na melhoria das operações. Uma tendência que deve se intensificar ao longo do ano.

Em 2020, a economia digital do Brasil era de cerca de R$ 1,4 trilhão, correspondendo a 19,4% do PIB, com mais de 10 milhões de empregos. Até 2025, deve chegar a R$ 2,6 trilhões, respondendo por 25,5% do PIB e mais de 14 milhões de empregos.

A inteligência artificial (IA) aplicada à indústria deve ser um divisor de águas entre um ambiente de negócios em que a riqueza estava escondida em meio à complexidade de dados inacessíveis e um mercado que consegue tomar decisões baseadas em conhecimento gerado pela máquina.

Mais do que isso, a nuvem e os modelos de IA também contribuem com a sustentabilidade, um assunto fundamental no momento, quando todos procuram por soluções de baixo impacto ambiental. Nesse contexto, o próximo período apresenta excelentes perspectivas.

É a tecnologia de ponta construindo agora uma economia dinâmica, próspera, digital e sustentável.

Os debates sobre a IA avançam rapidamente em todos os setores produtivos. Isso se deve à nova fase da industrialização no Brasil, que está intimamente ligada à capacidade de incorporar as tecnologias digitais aos ambientes fabris e de criar novos empreendimentos baseados na digitalização.

Esse salto tecnológico foi tema de grandes debates no ano passado. Empresas apresentaram cases importantes sobre a adoção do cloud computing como forma de aumentar a produtividade e agregar valor a produtos e serviços. Em 2024, existe um otimismo em relação à tendência cada vez mais forte da estratégia “tudo na nuvem” como foco da modernização digital da economia.

Foto colorida da um avatar virtual exposto numa conferência
Avatar digital de Yang Hua, presidente da Huawei Cloud Brasil, na Huawei Cloud Summit, promovida em 2023

A agilidade e a complexidade dos atuais ambientes de negócios demandam ferramentas tecnológicas que sejam seguras, transparentes, estáveis e que contem com suporte rápido e adequado. Cada vez mais, as empresas precisam lidar com dados de maneira mais racional e inteligente.

Veja-se o setor bancário, por exemplo. São milhões de transações ocorrendo ao mesmo tempo e inúmeros dados trocados em questões de segundos. Uma operação robusta, ágil e segura e que permite conhecer o comportamento de consumo de cada cliente ao ponto de lhe oferecer um serviço customizado só é possível se a inteligência está presente na análise desse fluxo contínuo de informações.

Dados dispersos e sem controle, ou armazenados de forma caótica, são oportunidades de negócios perdidas. São como riquezas que escoam pelos dedos das mãos. Organizar, armazenar, monitorar e acessar essas informações de forma segura e precisa requer a adoção das ferramentas digitais aplicadas às necessidades individuais de cada negócio.

Não é preciso mudar totalmente a forma de fazer uma tarefa que é executada de forma bem-sucedida. Talvez, essa tarefa possa ser feita, agora, em alguns segundos e de maneira automática.

Essa, em essência, é a função da inteligência artificial aplicada aos setores produtivos. Além de gerar eficiência e reduzir custos operacionais, ela permite que a riqueza seja percebida na forma de insights, ajudando a criar uma nova cultura e uma nova maneira de tomar decisões.

Os modelos de IA que existem são capazes de criar valor para uma empresa. Isso ocorre de diversas maneiras. Na mineração, por exemplo, aprimorar a segurança da operação e aumentar a produtividade sempre estão na mente dos gestores. Que tal máquinas autônomas operadas à distância em um escritório com ar-condicionado?

Em um hospital, já é possível controlar o prontuário de cada paciente de maneira automatizada, melhorando exponencialmente o uso de insumos, remédios e de tudo que envolve o cuidado de uma pessoa que está internada e em tratamento.

Em uma empresa de telecomunicações, um operador pode saber com precisão onde está a falha em uma rede e, rapidamente, restaurar as conexões que atendem aos clientes.

Em uma plantação, pode-se monitorar pragas e usar defensivos só nas áreas afetadas, diminuindo em muito o uso de substâncias nocivas.

Na sala de aula inteligente, o professor pode oferecer recursos didáticos inovadores aos alunos e observar o desempenho de cada um com uso da IA.

Na geração de energia, por exemplo, a ideia é a confluência entre bits e watts. Não existe setor que não possa ser impactado e melhorado com a digitalização.

* Texto escrito por Yang Hua, presidente da Huawei Cloud no Brasil

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