Estabelecimentos de saúde precisa assumir sua responsabilidade no combate ao racismo, afirma presidente do CES-BA

Diante do caso mais recente de racismo, praticado pela gerente de operações do Hospital Mater Dei Salvador e enfermeira Camilla Ferraz Barros, contra uma funcionária da loja Petz, o Conselho de Saúde vem a público manifestar seu repúdio. Este tipo de comportamento é absolutamente inaceitável e vai contra os princípios fundamentais da ética, respeito à dignidade humana e igualdade de tratamento que devem nortear a atuação de todos os profissionais da saúde, independentemente do ambiente em que atuam.

De acordo com o presidente do CES-BA, Marcos Gêmeos, o racismo é um crime e uma violação dos direitos humanos, além de ser incompatível com os valores da profissão de enfermagem, além disso a própria constituição nos defende de atos como esse, “Nenhum ser humano deve ser discriminado pela sua cor, raça e pela sua ideologia política. O que vemos é que a enfermeira por acreditar em uma ideologia política do ódio, acaba disseminando ódio e racismo”.

Vimos que o Hospital Mater Dei, o qual a mesma trabalhava a demitiu, mas ainda é insuficiente. Os estabelecimentos de saúde, sejam eles públicos ou privados, precisam estabelecer um processo de formação contínuo. Se uma profissional com o cargo que possuía, pode ter tais atitudes em um local em que foi atendida, há uma grande possibilidade de ter as mesmas atitudes em seu local de trabalho com os clientes, usuários que vão até o serviço de saúde que vão buscar algum tipo de assistência e até os próprios colegas de trabalho.

“É preciso banir ações como essa do sistema de saúde e buscar uma responsabilidade maior dos estabelecimentos de saúde e empresas, porque isso não pode se tornar comum. Racismo é Crime”, afirma Marcos.

Sabemos que a Bahia é o estado mais negro do Brasil, com 80,8% da população preta ou parda. Sendo a capital baiana, Salvador, considerada a cidade mais negra do mundo fora da África. Com isso é ainda mais necessário que as novas Redes de saúde se responsabilizem também com ações de promoção e combate ao racismo de forma cotidiana.

É importante destacar que a criação de uma rede de proteção para pessoas vítimas de racismo no ambiente de trabalho é uma questão de extrema importância para garantir um espaço profissional justo, inclusivo e livre de discriminação.

Ao garantir uma rede de proteção, as organizações não apenas cumprem sua responsabilidade social e legal, mas também contribuem para o bem-estar e a produtividade de seus colaboradores, criando um ambiente de trabalho mais saudável e colaborativo.

O Conselho Estadual de Saúde da Bahia se solidariza com a vítima e vai encaminhar para aprovação na próxima reunião do pleno uma recomendação para as autoridades solicitando que todos os estabelecimentos sejam ele de saúde ou de outros segmentos, possuam identificação de forma explícita de que o racismo é crime. E reitera seu compromisso com a incentivo a promoção da saúde pública de qualidade, acessível e livre de qualquer forma de discriminação.

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