As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmam o fim da operação contra o Hamas no Hospital Al-Shifa, na Cidade de Gaza. Os militares entraram no local no ano passado e, segundo autoridades, capturaram cerca de 900 suspeitos.
Desses, mais de 500 receberam a classificação de agentes terroristas. Também mataram mais de 200 homens armados. Entre mortos e terroristas, comandantes do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina.

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Entrada de suposto túnel no interior do Al-Shifa
IDF / Divulgação

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Imagem divulgada pelas tropas israelenses de túnel sob hospital
IDF / Divulgação

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Imagens divulgadas pelo exército israelense das câmeras de segurança do hospital Al-Shifa em Gaza
Captura de tela do vídeo divulgado pelo Tsahal

Bebês prematuros em tratamento na UTI outro departamento do Hospital Al-Shifa, em Gaza
Bebês prematuros em tratamento na UTI outro departamento do Hospital Al-Shifa, em Gaza
Palestinian Prime Ministry/Anadolu via Getty Images

O Hospital Al-Shifa é o maior da Faixa de Gaza
O Hospital Al-Shifa é o maior da Faixa de Gaza
Doaa Albaz/Anadolu via Getty Images

Cena no Hospital Al-Shifa, o maior de Gaza
Cena no Hospital Al-Shifa, o maior de Gaza
Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images

Corpos de pessoas mortas em ataque aéreo ao Hospital Batista Al-Ahli, são levados ao Hospital Al-Shifa na cidade de Gaza
Corpos de pessoas mortas em ataque aéreo ao Hospital Batista Al-Ahli, são levados ao Hospital Al-Shifa na cidade de Gaza
Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images
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Os israelenses descreveram o ataque como uma das operações mais bem-sucedidas da guerra de quase seis meses, desde o dia 7 de outubro. Além dos detidos e mortos, os militares falaram em apreensão de armas e informações valiosas.
Acusações entre Israel e Hamas
Por outro lado, testemunhas descrevem cenas de destruição quando regressam à área em redor do Hospital Al-Shifa. Não necessariamente em ataques feitos pelos israelenses. Na semana passada, o porta-voz das FDI, contra-almirante Daniel Hagari, disse que o Hamas estava “destruindo o Hospital Al-Shifa”.
“Terroristas escondidos ao redor do hospital dispararam morteiros contra as nossas forças, causando grandes danos aos edifícios do hospital”, exemplificou Hagari.
De uma forma ou de outra, os moradores do local dizem ter visto edifícios incendiados e corpos espalhados pelas ruas. Yahia Abu Auf, segundo reportagem do jornal britânico The Guardian, contou que escavadoras do exército destruíram um cemitério improvisado no complexo hospitalar.
“A situação é indescritível. A ocupação destruiu todo o sentido de vida aqui”, apontou. São palavras muito parecidas com as usadas pelo jornalista Ismail al-Ghoul, da Al Jazeera. “Não há vida aqui. O complexo está em ruínas e não pode ser revivido”, contou.