Medicina não é o curso mais concorrido no Sisu 2025

 

O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) aprovou 254.899 candidatos na chamada regular do programa que é o principal acesso ao ensino superior público no Brasil. Foram oferecidos 6.851 cursos de graduação em 124 instituições públicas de ensino superior de todas as regiões do país – e o mais concorrido deles, ao contrário do que muitos esperam, não foi um curso de Medicina.

Com uma relação de 261,33 candidatos por vaga, o curso de Biomedicina na Universidade Federal do Paraná (UFPR) foi o mais concorrido pelo Sisu neste ano. 1568 estudantes se inscreveram para o curso que tinha apenas seis vagas ao todo.

O prazo de matrícula para os aprovados na chamada regular do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2025 terminou na segunda-feira (3).

Em seguida, estão dois cursos de Medicina, na Universidade Estadual de Maringá (UEM), também no Paraná, com quatro vagas, e na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior paulista, com 40 vagas.

Aparecem também na lista dos cursos mais concorridos Pedagogia na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), o curso tecnológico de Análise e Desenvolvimento de Sistemas no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, e Fisioterapia na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

As universidades federais do Paraná – como a UFPR e a UEM – aparecem com frequência na lista por disponibilizarem um número menor de vagas para o Sisu, já que também dispõe de vestibular próprio como forma de entrada.

Vale lembrar que ser o curso mais concorrido nem sempre significa que ser o curso mais difícil de entrar. Isso porque a nota de corte de um curso menos concorrido por ser menor do que a de outro mais concorrido, como no caso do 2º lugar da lista (Medicina na UEM), que apesar de ter uma relação de candidatos por vaga menor do que Biomedicina na UFPR, tem uma nota de corte 40 pontos maior.

A concorrência é medida pela divisão entre o número total de candidatos inscritos no curso pelo número de vagas que ele oferece.

Já a nota de corte reflete a nota do candidato com a última posição que passou no curso. Por exemplo, se há dez vagas em um curso e o candidato que ficou na décima colocação tirou 750, esta é a nota de corte do curso.

Ambos os critérios – relação candidato/vaga e nota de corte – variam a cada ano.

Em cursos com nota de corte muito alta, a concorrência pode não ser tão acirrada, já que parte dos candidatos pode verificar, de antemão, que sua nota não é suficiente para aquele curso. Apesar disso, a tendência é de que quanto mais concorrido seja um curso, suba também a nota de corte e, consequentemente, a dificuldade de passar nele.

Entre as graduações com maior nota de corte, estão quase que apenas cursos de Medicina – com exceção do curso de Engenharia da Computação na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

Fonte: Estadão

 

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