Justiça mantém prisão de cunhado acusado de matar empresário a facadas

São Paulo — A Justiça negou o pedido de revogação da prisão temporária de Mario Vitorino da Silva Neto, acusado de matar a facadas o cunhado e sócio, Igor Peretto, de 27 anos, em 31 de agosto do ano passado, em Praia Grande, litoral de São Paulo. Com a negativa, o acusado permanece preso na Penitenciária Dr. Geraldo de Andrade Vieira – São Vicente I.


Entenda o caso

  • Mario, 23 anos, era cunhado, sócio e amigo de Igor. Ele é acusado de matar o empresário a facadas no apartamento de Marcelly Peretto, 21 anos, sua esposa e irmã da vítima.
  • Marcelly também está presa, acusada de ser cúmplice de Mario no crime. Ela está na Cadeia Pública Feminina de São Vicente, junto de Rafaela Costa, esposa de Igor e apontada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) como a pivô do homicídio.
  • De acordo com o testemunho dos envolvidos e provas colhidas nas investigações, Rafaella estava tendo um caso com Mario. Ela também teria tido relações amorosas com Marcelly, irmã de Igor, momentos antes do crime.
  • Para o MPSP, Igor foi morto pois atrapalhava um “triângulo amoroso”. A defesa nega a existência de uma relação triangular.

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Entenda quem é quem no assassinato do empresário Igor Peretto, no litoral de São Paulo

Igor Peretto, Mário Vitorino, Marcelly Delfino Peretto e Rafaela Costa Silva
Igor Peretto e Mario Vitorino conversam no elevador antes da morte de Igor
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Entenda quem é quem no assassinato do empresário Igor Peretto, no litoral de São Paulo. – Imagem: Metrópoles

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Entenda quem é quem no assassinato do empresário Igor Peretto, no litoral de São Paulo

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Igor Peretto, Mário Vitorino, Marcelly Delfino Peretto e Rafaela Costa Silva

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Igor Peretto e Mario Vitorino conversam no elevador antes da morte de Igor

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Prisão mantida

Na decisão, o juiz Felipe Esmanhoto Mateo, do Foro da Praia Grande, apontou que as provas sustentam a participação dos três acusados no crime, e que a liberdade de Mario colocaria em risco as investigações. Também afirmou que o acusado teria transferido dinheiro para Rafaella, possivelmente depois do homicídio.

“O ‘modus operandi’ da conduta criminosa demonstra elevado grau de periculosidade do réu Mario, considerando que, ao menos em juízo de cognição sumária, a vítima teria sofrido diversos golpes de faca. Assim, de rigor a decretação da prisão preventiva, para garantia da ordem pública”, diz a decisão.

O que diz a defesa

O pedido de revogação da prisão preventiva foi o último dos quase 90 requerimentos feitos pela defesa de Mario à Justiça. O advogado do réu, Mário André Badures Gomes Martins, questiona outros pontos da investigação que vão “desde a existência de provas ilícitas quanto a ausência de provas quanto ao imaginário trisal”.

“A defesa aguarda a serena e imparcial análise do Judiciário, longe da histeria e autopromoção feita nas mídias sociais diante desta tragédia”, finalizam os advogados.

Com a decisão, Mario Vitorino permanece preso em São Vicente. Pedido de liberdade é um dos mais de 80 requerimentos feitos pela defesa

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