1º paciente com chip da Neuralink controla mouse pelo pensamento

Na noite de segunda-feira (19), o fundador da Neuralink e bilionário, Elon Musk, anunciou os resultados preliminares do primeiro paciente com paralisia a conviver com um chip da startup no cérebro. O indivíduo está bem e consegue controlar o mouse através dos pensamentos, após a cirurgia de implante.

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“O progresso é bom e o paciente parece ter se recuperado totalmente, sem quaisquer efeitos nocivos que tenhamos conhecimento”, afirmou Elon Musk, durante um evento no Spaces do X. O fundador da Neuralink também disse que “o paciente é capaz de mover o mouse pela tela apenas pensando”.

Controle do mouse com a mente

A capacidade de controlar um cursor ou teclado de computador era um dos objetivos do estudo clínico de Fase 1 Precise Robotically Implanted Brain-Computer Interface (Prime) iniciado pela startup. Aparentemente, esta conquista foi confirmada, segundo Musk.


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Paciente com paralisia controla mouse com o poder da mente, segundo Elon Musk (Imagem: Divulgação/Neuralink)

Diante desses resultados, a expectativa é que mais voluntários com paralisia sejam recrutados para o experimento, autorizado pela agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) desde o ano passado.

Até o momento, nenhum estudo científico — nem preprint — sobre o feito do primeiro paciente a usar o chip de Musk para realizar tarafas, a partir do poder da mente, foi publicado. Também não foram divulgadas demonstrações sobre o uso do implante.

Chip do Elon Musk

Vale lembrar que o primeiro chip da Neuralink foi implantado no cérebro humano em janeiro deste ano. Após o procedimento inédito, Elon Musk comentou que o paciente número um estava se recuperando bem. Algumas semanas depois, os resultados impressionam, já que o objetivo da tecnologia foi parcialmente alcançado.

No entanto, ainda é necessário aguardar mais tempo para confirmar o sucesso do implante da interface cérebro-computador, já que infecções na região do cérebro em que o chip foi implantado podem ocorrer, além de outros problemas desconhecidos.

Para minimizar o risco da cirurgia bastante invasiva — criticada por especialistas, como o neurocientista Miguel Nicolelis —, a startup desenvolveu o robô R1, responsável por auxiliar a equipe de cirurgiões durante o implante da tecnologia. Em tese, isso reduz o risco de complicações.

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