FIV e FeLV: entenda como essas doenças podem prejudicar os felinos

 

Quando se fala em cuidados com os felinos, o tutor precisa se atentar para duas doenças silenciosas que podem afetar o sistema imunológico dos gatinhos: o Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV) e o Vírus da Leucemia Felina (FeLV). A FIV compromete o sistema imune do gato de forma parecida com o que o vírus HIV faz com seres humanos e pode ser transmitida de um gato para outro durante o parto, na amamentação, em brigas, no acasalamento e pelo contato com sangue e urina.

O gato positivo para FIV tem a imunidade baixa e, por isso, é mais suscetível a doenças oportunistas. Já a FeLV é a leucemia felina, também causada por um vírus que pode ser transmitido por meio de secreções como saliva, fezes, leite e urina de gatos infectados. No caso do animal ser positivo para FeLV, a imunidade baixa também é um problema, somada ao risco de desenvolver tumores. As duas doenças podem levar ao óbito dos animais e, por isso, os tutores devem ficar atentos para as formas de prevenção.

A médica veterinária Candice Garcia, especialista em medicina felina e preventiva, alerta que a falta de sintomas específicos para ambas as viroses torna o diagnóstico um desafio e a testagem essencial. “É preciso testar o maior número de gatos possível, pois um gato positivado pode contaminar outros e favorecer a propagação da doença. A FIV mexe muito com a imunidade do gato e pode ser silenciosa, sem nunca se manifestar. Já a FELV é mais cruel e se manifesta mais cedo, causando anemias, deixando o gato fraco e sem vontade de brincar. É crucial a conscientização para testar todos e, assim, garantir o tratamento dos animais e evitar a transmissão. Ao perceber algum sintoma, é preciso correr para um veterinário”, salientou a veterinária.

Segundo Candice Garcia, que é diretora clínica da Toca dos Gatos – única exclusiva para felinos em Sergipe -, ambos os vírus atacam somente os gatos e a forma de contágio é distinta. “A FIV é transmitida através de mordidas profundas entre gatos e a relação sexual. Já a FeLV é proveniente de um vírus altamente contagioso e pode ser transmitido por contato direto. Ou seja, se o gato comer na mesma vasilha, beber no mesmo potinho de água ou usar a mesma caixa de areia. Ele também é transmitido por contato sexual e as fêmeas gestantes infectadas também podem transmitir para os seus filhotes”, alertou a especialista.

Para saber se o seu gato está com as doenças, o diagnóstico é realizado durante uma consulta com um veterinário, por meio de exames e teste rápido com coleta de sangue, que podem ser realizados no atendimento. Se der positivo, o gato deve ser tratado. Caso o resultado seja negativo, o felino deve ser vacinado contra a Felv. “A partir de 60 dias de idade, os tutores já podem iniciar o protocolo vacinal dos seus gatinhos, inclusive vacinando contra a FeLV. Infelizmente para a FIV, ainda não temos vacina, mas a prevenção pode ser um caminho eficaz para preservar a saúde dos animais”, ressaltou Candice.

Prevenção e tratamento

Alguns métodos preventivos são necessários para evitar que os gatos se contaminem com os vírus que causam a FIV e a FeLV. De acordo com a veterinária, é fundamental sempre fazer um check-up no seu gato, evitar que o animal fique na rua em contato com outros gatos não domesticados ou cuja procedência seja desconhecida, manter as vacinas sempre atualizadas, e caso adquira um novo gatinho, levar para avaliação e teste contra FIV e FeLV com o profissional de sua confiança. Essas são algumas dicas para manter o seu gato saudável e livre de doenças graves.

A especialista explica que os gatos contaminados podem ser tratados, mas é preciso de atenção dos tutores. “A indicação é separar o positivo, e os tutores nem sempre conseguem por falta de espaço ou por não quererem isolar o gato. Ao se ter um caso positivo, é preciso vacinar os negativos contra a FeLV e separá-los. Para a FIV, infelizmente, não temos vacina, mas se houver um relacionamento tranquilo, os gatos podem conviver entre si. A castração é uma forma de prevenção para essas doenças, pois evita brigas”, finalizou Candice Garcia.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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