Tratamento promete “frear” o envelhecimento e subir a libido; descubra

Recentemente, o ex-presidente Jair Bolsonaro chamou atenção ao revelar, por meio de uma entrevista, que implantou um chip hormonal. Aos 69 anos, ele afirmou, com entusiasmo, que o procedimento melhorou sua sensação de juventude, a qualidade do sono e até sua disposição sexual — chegando a se comparar a um homem de 40 anos.

Mas, afinal, a reposição hormonal é realmente a solução para envelhecer com mais energia?

A terapia de reposição hormonal (TRH) tem como objetivo restaurar os níveis hormonais do organismo, que naturalmente diminuem com a idade.

Esse tratamento pode ser feito de diversas formas, como medicamentos, adesivos ou implantes hormonais — como o chip mencionado por Bolsonaro. É uma prática frequentemente indicada para pessoas que sofrem com a queda na produção de hormônios, como as mulheres na menopausa ou homens na andropausa.

De fato, a reposição hormonal pode proporcionar diversos benefícios, como melhora na qualidade do sono, aumento da disposição, manutenção da massa muscular, alívio de sintomas como ondas de calor e melhoria na libido.

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Uso deve ser feito com cautela 

No entanto, apesar dos relatos positivos, essa decisão deve ser tomada com cautela e sempre acompanhada por um profissional especializado.

O uso indiscriminado de hormônios, sem uma avaliação médica adequada, pode trazer riscos à saúde, como alterações cardiovasculares, aumento de pressão arterial, trombose, disfunções hepáticas e até elevação no risco de alguns tipos de câncer.

Por isso, é fundamental realizar exames completos e considerar o histórico de saúde antes de iniciar qualquer tipo de reposição hormonal.

Além disso, é importante lembrar que envelhecer com qualidade não depende apenas de hormônios. Hábitos de vida saudáveis, como uma alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos, sono adequado e controle do estresse, desempenham um papel crucial na manutenção da energia e do bem-estar ao longo dos anos.

Portanto, a reposição hormonal é, de fato, uma ferramenta interessante dos tempos modernos, mas lembre-se que é essencial buscar orientação médica para avaliar se esse é realmente o caminho mais seguro e eficaz para as suas necessidades individuais.

(*) Juliana Andrade é nutricionista formada pela UnB e pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional. Escreve sobre alimentação, saúde e estilo de vida