A taxa de desemprego subiu a 7% no primeiro trimestre deste ano no Brasil, apontam dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O indicador estava em 6,2% no quarto trimestre de 2024, que serve de base de comparação. Os dados integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada em 2012.
Analistas do mercado financeiro esperavam desocupação de 7% no primeiro trimestre de 2025, segundo a mediana das projeções coletadas pela agência Bloomberg.
No começo do ano, o desemprego costuma subir com a busca por recolocação após o fechamento de vagas temporárias.
Para as estatísticas oficiais, uma pessoa de 14 anos ou mais é considerada desocupada quando não está trabalhando e segue à procura de oportunidades.
A Pnad fornece números tanto do emprego formal, com carteira assinada ou CNPJ, quanto do setor informal, que inclui os populares bicos.
Ao longo dos últimos trimestres, o mercado de trabalho ainda mostrou sinais de força no país. Um dos destaques foi o desempenho positivo do emprego formal.
A geração de trabalho e renda é vista como estímulo para o consumo, motor do Produto Interno Bruto (PIB). O Banco Central (BC), no entanto, tem elevado a taxa básica de juros (Selic) para tentar esfriar a demanda por bens e serviços e, assim, conter a inflação.
A Selic está em 14,25% ao ano, e o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC volta a se reunir na próxima semana para definir o patamar dos juros. O mercado financeiro espera taxa de 15% ao final de 2025.
O desemprego já havia alcançado 6,8% no trimestre móvel até fevereiro, conforme o IBGE. O instituto, contudo, evita a comparação direta entre intervalos com meses repetidos, como é o caso dos períodos encerrados em fevereiro e março.
Fonte: Folha de S.Paulo