Reajuste: governo se diz impedido em atender servidores neste momento

O governo federal se diz impedido de conceder reajuste salarial de 7% para os funcionários públicos no Executivo. O anúncio publicado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos acontece após nova rodada da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), na tarde desta quarta-feira (28/2).

De acordo com secretário de Relações de Trabalho, José Feijóo, o governo federal não irá se posicionar sobre eventual reajuste em 2024 enquanto não forem consolidados os dados de arrecadação da União.

A equipe de Esther Dweck sugeriu aumento no auxílio-alimentação, de R$ 658 para R$ 1 mil; no valor per capita referente ao auxílio-saúde, de R$ 144 para R$ 215; e no auxílio-creche, de R$ 321 para R$ 484,90.

O governo argumentou que o reajuste dos auxílios concedidos aos servidores públicos demonstram um ganho real. “São ganhos remuneratórios reais para muitas das carreiras que compõem o quadro de servidores públicos federais”, explicou o secretário Feijóo.

O Ministério da Gestão informou que irá iniciar mais mesas setoriais para negociação de condições de trabalho dos servidores federais, além de outras demandas não remuneratórias.

Em meio às negociações, os servidores do Banco Central (BC) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) mantêm paralisação para pressionar o governo.

A ministra Esther Dweck afirmou, em entrevista ao Metrópoles no final de janeiro, que haveria abertura para concessão de reajuste para os funcionários do Executivo federal ainda neste ano.

“Se você estiver cumprindo a meta de resultado primário e você tiver um excesso de receita, a gente pode ter uma expansão da despesa em até R$ 15 bilhões este ano. E aí, isso sim, já está pactuado com os ministros que compõem a Junta de Execução Orçamentária, que parte disso, sim, seria para um reajuste dos servidores este ano”, disse Dweck.

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