Maceió – O ex-presidente Fernando Collor, de 75 anos, iniciou o cumprimento de sua pena de 8 anos e 10 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em regime domiciliar. A Justiça autorizou a medida devido à sua idade avançada e condições de saúde, como doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar.

A prisão domiciliar ocorre em uma cobertura de 600m² na orla de Ponta Verde, em Maceió (AL), avaliada em R$ 9 milhões. O imóvel, adquirido em 2006, foi penhorado em 2022 por uma dívida trabalhista de R$ 264 mil com um ex-funcionário da TV Mar, empresa da qual Collor é sócio.
Condenação e prisão domiciliar
Em 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Collor por envolvimento em um esquema de corrupção na BR Distribuidora, investigado na Operação Lava Jato. Ele foi acusado de receber R$ 20 milhões para facilitar contratos entre a estatal e a construtora UTC Engenharia. A condenação levou à sua prisão em abril de 2025.
O ministro Alexandre de Moraes autorizou a prisão domiciliar, considerando a idade e os problemas de saúde do ex-presidente. A decisão inclui o uso de tornozeleira eletrônica, suspensão do passaporte e restrição de visitas a familiares, advogados, equipe médica e pessoas autorizadas pelo STF.
Detalhes do imóvel
A cobertura onde Collor cumpre a pena possui cinco quartos, piscina, bar e cinco vagas de garagem. Apesar de adquirida em 2006, o imóvel não foi registrado em cartório até 2023, quando a Receita Federal realizou a averbação. O apartamento foi a residência oficial de Collor e sua família, servindo também como endereço para notificações judiciais.
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