Rogério Correia expõe ‘lobistas’ e ex-ministro de Bolsonaro em critica à fraudes no INSS

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) denunciou neste sábado (3) um esquema de fraudes no INSS, iniciado durante o governo Jair Bolsonaro. Segundo ele, o esquema envolveu lobistas como Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e o ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios, Felipe Macedo Gomes.

A investigação aponta que o grupo desviou cerca de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas por meio de descontos não autorizados em benefícios. Mais de 4 milhões de pessoas foram prejudicadas, conforme estimativas oficiais.

Fraudes e ligações políticas

O “Careca do INSS” é apontado como sócio de 22 empresas e principal operador do esquema. Ele teria recebido R$ 1 milhão de uma corretora ligada ao empresário Maurício Camisotti, suspeito de ser beneficiário final das fraudes. Antunes também teria atuado como lobista para entidades que firmaram acordos com o INSS para efetuar descontos nos benefícios dos segurados.

Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios, doou R$ 60 mil para a campanha de Onyx Lorenzoni ao governo do Rio Grande do Sul em 2022. Lorenzoni foi ministro do Trabalho e da Previdência Social no governo Bolsonaro.

Operação Sem Desconto

A Polícia Federal deflagrou a Operação Sem Desconto em abril de 2025 para combater o esquema criminoso. Foram cumpridos 211 mandados de busca e apreensão em 13 estados e no Distrito Federal. O então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo. A PF recuperou cerca de R$ 1 bilhão em bens e valores.

Descontos irregulares

O esquema envolvia o uso de dados obtidos sem autorização e assinaturas falsificadas para autorizar descontos nos benefícios dos segurados. As associações investigadas operavam com estrutura montada para fraudes, incluindo o pagamento de propina a servidores públicos. Em alguns casos, entidades com menos de 10 filiados firmaram acordos com o INSS e cresceram exponencialmente em meio às fraudes.

Repercussão política

Parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) responsabilizaram a gestão anterior do governo Bolsonaro pela multiplicação dos convênios suspeitos entre 2019 e 2022. O ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), admitiu ter sido alertado sobre irregularidades, mas negou responsabilidade direta.

Com informações do Brasil 247

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