A coluna Fabia Oliveira descobriu que chegou a vez do Ministério Público do Rio de Janeiro se envolver na polêmica entre a advogada Larissa Ferrari e Dimitri Payet, jogador do Vasco. Nesta quinta-feira (8/5), o órgão ministerial opinou pela concessão das medidas protetivas de urgência em face do atleta.
O promotor de justiça que assina a manifestação entendeu pela importância de aplicar a legislação que busca proteger as vítimas de violência doméstica e familiar contra a mulher. O pronunciamento do órgão, entretanto, é meramente opinativo. Significa dizer que seguir seu posicionamento não é uma imposição.
O bater do martelo quanto ao deferimento ou não das medidas protetivas caberá ao juiz ou juíza do caso. Nesse contexto, a manifestação recente do Ministério Público pode ajudar o titular da vara criminal a tomar sua decisão.
Sermão
Ao mesmo tempo em que opina pela concessão das protetivas, o MPRJ tece algumas considerações pouco favoráveis à possível vítima, Larissa Ferrari. O promotor ressalta que ela afirma em seus relatos ter morado no Rio de Janeiro. No entanto, essa alegação não seria verdadeira.
Em complemento, a advogada diz que chegou a trabalhar no Rio de Janeiro. A afirmação também não teria fundamento, uma vez que a suposta vítima não apresentou contratos de trabalho ou documentos semelhantes nesse sentido.
Falta de provas
Larissa teria apenas juntado fotos para embasar seu relato, sem que as mesmas sequer indicassem onde foram tiradas. O representante do Ministério Público, ao tecer essas considerações, opinou pela remessa do caso a uma das varas do Município de União da Vitória, no Estado do Paraná.
Durante suas manifestações, Larissa Ferrari informou que residiria, na verdade, no mencionado município. O chamado “declínio de competência”, se deferido, fará com que seu processo seja apreciado e julgado em outro lugar. A defesa da ex-amante de Payet já afirmou que vai recorrer para que o caso siga tramitando no Rio.
Apesar de entender que o caso deve ser conduzido em outras bandas, o promotor de justiça opinou pelo deferimento imediato das medidas protetivas para Larissa Ferrari para proteger a suposta vítima. Segundo ele, garantir seu cuidado e proteção é uma decisão que emana urgência e não pode esperar.
Relembre:
- A advogada Larissa Ferrari revelou ter vivido um relacionamento de sete meses com Dimitri Payet, do Vasco.
- Após o fim da relação, ela denunciou o jogador por agressão psicológica, verbal e física, além de ameaças.
- A advogada registrou dois boletins de ocorrência: um no Paraná e outro no Rio de Janeiro.
- Segundo Larissa, o meio-campista “sentia prazer” em humilhá-la e chegou a obrigá-la a beber a própria urina.
- À coluna, no começo de abril, ela afirmou que Payet cobrava “provas de amor” após picos de ciúmes.
- “Eu cheguei a fazer sim [beber urina], foi quando ele sentiu ciúmes do Paulinho, do Palmeiras, e para provar meu amor, ele queria que eu me humilhasse”, disse.
- Em depoimento, Dimitri Payet negou qualquer agressão física, já que Larissa pedia para “levar tapas” durante o ato sexual.
- O jogador também confirmou que o relacionamento entre eles era “pautado pela prática sadomasoquista”.