Nunes Marques manda investigação de Carlos Jordy à 1ª instância

Brasília – O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que a investigação contra o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) por ameaça a um adversário político deve ser analisada na primeira instância da Justiça. O caso, que envolve uma discussão registrada em vídeo em agosto de 2022, foi devolvido ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).

O episódio ocorreu durante uma panfletagem do vereador Túlio Mota (PSOL) em Niterói, quando foi abordado por Jordy. A conversa rapidamente virou confronto, com direito a ameaças explícitas — tudo gravado e compartilhado nas redes sociais. Mais do que um bate-boca de campanha, o caso virou boletim de ocorrência.

No vídeo, o então candidato Carlos Jordy aparece exaltado, discutindo com Túlio Mota sobre quem teria mais votos na cidade. Após o episódio, Mota declarou ter se sentido ameaçado e constrangido, o que o levou a procurar a polícia. O caso foi parar na Justiça de Niterói, que entendeu haver foro por prerrogativa de função, por envolver um deputado federal.

Contudo, Nunes Marques, que já não surpreende ninguém com sua benevolência seletiva, considerou que a suposta ameaça não tem relação com o mandato parlamentar. Ele invocou a regra definida pelo STF em 2018, que restringe o foro a crimes cometidos durante e em razão do cargo. Por isso, o caso volta ao TJRJ, onde as investigações devem continuar — se a morosidade da Justiça permitir.

A decisão tira o processo das mãos do STF, mas deixa claro que a blindagem institucional segue firme para quem sabe se movimentar nos bastidores. Jordy, que se notabilizou como um dos mais barulhentos defensores do bolsonarismo, agora dependerá da Justiça fluminense — palco conhecido por seus arquivamentos convenientes.

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