Convocada para depor na CPI das Bets, realizada nesta semana no Senado, a influenciadora Virgínia Fonseca passou a enfrentar uma onda de críticas nas redes sociais. Desde então, perdeu cerca de 250 mil seguidores e viu vídeos antigos — com críticas à sua atuação como promotora de plataformas de jogos online, como o chamado “jogo do tigrinho” — voltarem a circular.
Artistas e influenciadores também se posicionaram publicamente contra a postura da empresária. Até o cunhado da influencer, João Guilherme, curtiu posts com críticas à mulher de Zé Felipe.
Apesar da repercussão negativa, o publicitário e especialista em branding Caio Braga avalia que o impacto na imagem de Virgínia deve ser limitado. Para ele, a ligação da influenciadora com apostas online já era amplamente conhecida por seu público, o que reduz o potencial de dano à marca pessoal construída por ela.
“Se houve prejuízo, é muito residual. As pessoas que compram da Virgínia, que consomem a Virgínia, já sabem que ela aposta. Não é uma novidade”, afirma Braga.
Segundo o especialista, a exposição na CPI não trouxe um elemento novo ou uma quebra de expectativa em relação à imagem da influenciadora. “A admiração pela Virgínia foi construída nas pessoas conscientes de que ela aposta. Então não tem aquela frustração de descobrir que a pessoa que você tanto admira está envolvida com esse tipo de prática. Ela fala de maquiagem e aposta com a mesma frequência”, completa.
Mesmo com a perda expressiva de seguidores, Virgínia ainda soma mais de 50 milhões de fãs nas redes. Segundo Braga, essa base continua sólida o suficiente para sustentar o poder de influência da empresária — e, portanto, seu apelo comercial.