Morto com tiro de fuzil segurança de TH segue com stories atualizados

Morto com um tiro fatal de fuzil na cabeça durante uma troca de tiros com policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ), na última terça-feira (13/5), Daniel Falcão dos Santos — o Gotinha — segue com as redes sociais ativas. Em seu perfil no Instagram, alguém mantém a publicação de stories a todo vapor, postando vídeos de uma rotina que não existe mais.

Segurança e braço direito de Thiago da Silva Folly, o TH da Maré, Gotinha estava escondido em um bunker junto com o traficante e reagiu à chegada dos policiais do Bope. Após intensa troca de tiros, os dois acabaram mortos. No entanto, a forma com que o perfil segue sendo alimentado, chamou a atenção de investigadores da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ). Nos vídeos salvos pela coluna Na Mira, antes que expirasse, Gotinha surge com amigos em festas, usando drogas, ou curtindo a piscina na laje de uma casa, na comunidade em que morava.

Em outras postagens, o segurança de TH aparece dirigindo um carro elétrico e pilotando uma moto, sempre na companhia de amigos. Gotinha tinha um mandado de prisão em aberto pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Ele já era investigado pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que apurava o papel dele no TCP.

Veja as imagens:

Função

A investigação aponta que Gotinha exercia uma função estratégica dentro do TCP, atuando como segurança pessoal de TH. Ele era uma espécie de intermediário para o cumprimento de ordens repassadas por integrantes da facção, como fazer o recolhimento de dinheiro dentro das favelas da Maré.

O grupo era procurado desde as mortes do cabo do Exército Michel Augusto Mikami, assassinado em 2014, e do soldado da Força Nacional Hélio Messias Andrade, baleado em 2016 ao entrar por engano no Complexo da Maré.

Assim como TH da Maré, Gotinha foi velado e enterrado nesta quarta-feira (14/5). Nas redes sociais, supostos amigos lamentaram o fato do caixão estar fechado. Fotos que circulam nas redes sociais revelam o motivo da urna funerária ter permanecido fechada ao longo da cerimônia fúnebre. Gotinha teve a cabeça completamente destruída ao ser atingido pelos disparos.

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