Um censo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (16/5), desmistifica a fama de maio de ser considerado o “mês das noivas”, pelo menos em São Paulo. Segundo o instituto, o período mais procurado pelos paulistas para a realização de casamentos é o final do ano.
Dados levantados pelo censo, em 2023, mostram que quase 231 mil casais oficializaram a união em São Paulo. O mês mais procurado foi dezembro, registrando 24.776 casórios. No ano anterior, o mês de dezembro figurou na segunda posição, após ficar atrás de novembro.
De acordo com o analista socioeconômico do IBGE, Jefferson Mariano, a preferência pelo final do ano é baseada na questão financeira:
“No final do ano, normalmente as pessoas têm recursos adicionais, tem o 13° [salário] e a possibilidade de ter recursos um pouco maiores e, com isso, as pessoas tomam a decisão de casar.”
Jefferson ainda diz acreditar que a fama do mês de maio com os casamentos não tem relação direta com as estatísticas, visto que segundo ele, o final do ano sempre foi o período favorito para casar desde o início da série histórica do levantamento.
Confira ranking de mês com mais casamentos:
- Dezembro – 24.776
- Novembro – 23.822
- Setembro – 22.315
- Outubro – 22.028
- Maio – 19.460
- Julho – 18.410
- Março – 18.257
- Abril – 17.33
- Agosto – 17.048
- Janeiro – 16.728
- Junho – 16.633
- Fevereiro – 14.126
Maio mês das noivas
Existem algumas explicações para a fama de maio ser o mês das noivas. Uma delas é religiosa, pois o período é dedicado à Maria, figura cristã apontada como mãe de Jesus.
Além disso, há a teoria que o Brasil herdou uma tradição do hemisfério norte, pela qual maio marca o início da primavera, com flores e um clima considerado romântico.
Por falar em clima, no Brasil o mês de maio é caracterizado temperaturas mais amenas e menor possibilidade de chuva, o que facilita cerimônias ao ar livre.
Divórcios
- Nem tudo são amores. De acordo com o censo do IBGE divulgado nesta sexta, o número de divórcios também subiu no estado de São Paulo.
- Enquanto o número de 2022 chegou a 121.804 separações, em 2023 esse dado cresceu mais de 4 mil, ultrapassando as 125 mil e 800.
- Em 2023, o IBGE também apontou que em média um casal que se separa fica junto 13,3 anos antes de tomar a decisão de seguirem rumos diferentes. Apesar disso, quase metade dos pombinhos cortam as relações antes de completar as bodas de estanho ou zinco – 10 anos.