O Redmi Note 14 Pro+ está no topo da hierarquia da linha 14 da Xiaomi, introduzida no Brasil no início deste ano. O intermediário da fabricante chinesa aposta em algumas mudanças de design, além de um upgrade na bateria e no desempenho para justificar o “premium” da sua classificação.
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O Canaltech pôde testar o smartphone nos últimos dias e traz suas principais impressões a respeito da experiência que o dispositivo proporciona. Confira:
Design elegante
Quem acompanha a linha Redmi Note há mais tempo vai notar logo de cara uma mudança na distribuição das lentes da câmera na traseira. O 14 Pro+ traz uma ilha mais arredondada e posicionada no centro do celular, em vez de estar mais próxima do canto como no 14 padrão. Esse conjunto de ilha com lentes também é consideravelmente grande, tornando o celular um tanto extravagante.
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Pessoalmente falando, me chama a atenção aparelhos mais minimalistas, mas não se pode negar que o resultado deixou o dispositivo mais elegante. Com uma tela AMOLED de 6,67 polegadas, esse é um celular grande, mas que não chega a ser desconfortável de usar – muito graças às curvas mais arredondadas, inclusive da tela.
A Xiaomi afirma que o dispositivo está “200% mais resistente que seu antecessor”, com destaque para a tela, que conta com proteção Gorilla Glass Victus 2. O modelo também está categorizado com resistência IP68, resistindo a uma submersão de até 1,5 metro de profundidade por até 30 minutos sem apresentar nenhum dano.
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“As mudanças de design são o que mais chama atenção nessa nova geração do Redmi Note; a ilha centralizada com as lentes certamente divide opiniões, mas também deixa o celular mais elegante.”
Desempenho
O Redmi Note Pro+ chegou ao mercado brasileiro em duas versões: uma com 8 GB e outra com 12 GB de RAM (somados de 6 GB de RAM virtual). Nós testamos a versão de 12 GB, que acaba sendo o maior destaque da linha para quem procura um intermediário que dê conta de rodar alguns jogos e apps pesados.
Nos testes do AnTuTu, o modelo apresentou uma pontuação geral de 760.973 pontos – um número satisfatório para um intermediário. O celular conta com o chip Snapdragon 7s Gen 3 da Qualcomm e traz duas opções de armazenamento: 256 ou 512 GB. Ao menos nesta versão de 12 GB, essa combinação se mostrou poderosa.
Fizemos alguns testes com jogos como Diablo Immortal e ARK, que possuem gráficos tridimensionais razoavelmente exigentes.
Ambos rodaram bem com texturas no alto e framerate aprimorado, deixando a desejar somente ao aumentar a resolução (o que causou alguns engasgos).
O desempenho multitarefa também foi positivo. Diversos apps estavam abertos em segundo plano durante as jogatinas e o celular se mostrou eficiente tanto na performance quanto na eficiência energética.
Além disso, em nenhum momento senti o celular esquentando, mesmo rodando jogos com configurações altas.
Bateria que dura muito
A bateria do Redmi Note Pro+ é um dos seus pontos altos, recebendo um leve upgrade em relação à geração anterior – de 5.000 mAh para 5.110 mAh. Isso é mais que suficiente para usar o celular o dia todo sem precisar carregar, um fator que também é potencializado pela otimização do hardware.
Em nossos testes, utilizamos apps dos mais leves aos mais exigentes durante um período de seis horas.
O consumo do aparelho foi de pouco menos de 30%, um resultado bem próximo do Redmi Note 13 Pro, que perde apenas em 10 mAh para este modelo.
Contudo, o verdadeiro destaque do 14 Pro+ está no carregador de 120 W, que garante um carregamento completo em menos de meia hora. Em 10 minutos, já é possível repor quase 50% da carga, o que certamente é vantajoso em diferentes contextos.
“A bateria é o ponto mais alto do Redmi Note 14 Pro+, se destacando principalmente pela otimização do hardware.
Além de rodar jogos mais pesados, o modelo também consegue segurar uma boa carga mesmo após jogatinas mais longas.”
Câmeras com poucas novidades
Por fim, temos um conjunto de três lentes que não sofreram nenhuma alteração em relação à linha Note 13.
A principal delas dispõe de 200 megapixels, sendo acompanhada de uma ultra-wide de 8 MP e outra macro de 2 MP. A câmera de selfie foi a única a trazer um upgrade, saltando de 16 para 20 MP.
A principal novidade deste modelo, em relação à câmera, está nos recursos de IA. A inteligência artificial do sistema pode ajustar o brilho das fotos automaticamente dentre outros ajustes – mas no geral faz uma diferença mínima. É uma câmera satisfatória para fotografar em ambientes iluminados, mas que deixa a desejar quando há pouca luz.
Em termos de qualidade, também é recomendado usar pouco zoom, especialmente durante gravações de vídeos. A câmera principal suporta 4K e 30 fps, enquanto a frontal se limita ao Full HD. Os recursos de IA também se estendem a edição de imagens, apagador de objetos e funções do gênero.
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Concorrentes diretos
O Redmi Note 14 Pro+ rivaliza com os principais intermediários do mercado, como o Galaxy A56 e o recém-lançado Realme 14 Pro+. No geral, todos eles oferecem uma experiência semelhante, que se resume a um celular intermediário completo e acima da média no segmento – os famosos intermediários premium.
Em relação a esses dois modelos, o Redmi Note 14 Pro+ se destaca mais pelo visual diferenciado e autonomia de bateria, que é potencializada pela otimização do hardware. O A56 ganha em termos de desempenho, sendo o celular mais poderoso do trio (de acordo com os testes do AnTuTu), enquanto o Realme 14 Pro+ possui uma câmera que se supera no segmento intermediário – além da carcaça que muda de cor de acordo com a temperatura.
Se tratando de valores, o A56 seria o mais acessível deles, hoje sendo encontrado por volta de R$ 2.200. O Redmi Note 14 Pro+ está no meio termo, com preços a partir de R$ 3.200, enquanto o Realme 14 Pro+ foi lançado a R$ 4.799. É válido reforçar que esses preços costumam flutuar muito, então tais valores refletem apenas sua precificação na data de postagem da matéria.
Vale a pena comprar o Redmi Note 14 Pro+?
O Redmi Note 14 Pro+ se mostrou um intermediário bem competente – especialmente para quem está procurando um celular que oferece IA além do básico, já que ele conta com Google Gemini integrado nativamente no sistema operacional.
O modelo chegou ao Brasil custando R$ 5.999, um preço assustador para um intermediário, mas que já se encontra em uma faixa mais justa. Hoje, ele está saindo por volta de R$ 3.200 ou até menos em períodos promocionais.
Nessas circunstâncias, vale a pena pensar em fazer o investimento!
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