Takeda fecha acordo para produzir mais vacinas contra a dengue

A farmacêutica japonesa Takeda anunciou, nesta semana, uma nova parceria com o laboratório indiano Biological E. para ampliar a produção da vacina contra a dengue, a Qdenga. O objetivo é direcionar mais doses do imunizante para países endêmicos para a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

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Em parceria com o novo laboratório, a expectativa é produzir 50 milhões de doses da vacina contra a dengue por ano. Até 2030, a produção anual deve chegar a 100 milhões de doses, o que poderá ajudar na proteção dos grupos mais vulneráveis, como as crianças.

Novas doses da vacina contra dengue

As vacinas produzidas deverão ser destinadas especificamente para contratos envolvendo governos. “Essas doses serão, ao final, disponibilizadas para aquisição por governos de países endêmicos até 2030”, afirma o laboratório, em nota.

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Considerando que o Brasil é um país endêmico para a dengue, novas doses poderão ser adquiridas pelo Ministério da Saúde e, assim, disponibilizadas para grupos de risco através do Sistema Único de Saúde (SUS).

Conforme anunciado, as novas doses da Qdenga não devem ir para clínicas privadas, onde a pessoa paga para ser vacinada. Inclusive, a farmacêutica já suspendeu nacionalmente a venda de doses à rede privada.

Vacina no Brasil

No começo deste mês, o Ministério da Saúde liberou a entrega das primeiras doses da vacina contra a dengue para algumas cidades — são pouco mais de 500 municípios beneficiados. Os imunizantes são aplicados apenas em crianças e jovens, de 10 a 14 anos.

Como a produção da vacina, que precisa de duas doses para gerar a proteção completa, ainda é pequena, o Brasil conta com um número restrito de doses. Até o final do ano, serão recebidos 6,5 milhões de doses. Para 2025, foram contratadas mais 9 milhões de doses.

Apostando em formas de complementar a vacinação contra a dengue no Brasil, o Instituto Butantan divulgou resultados promissores do imunizante que desenvolve contra a dengue, o Butantan-DV, aplicado em dose única. Mais testes ainda são necessários antes que a fórmula seja incorporada no SUS.

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