Um novo artigo da revista Frontiers in Public Health publicado no último dia 7 acendeu o alerta para um problema grave: o aumento acelerado de casos de picadas por escorpião no Brasil. De 2014 a 2023, o país registrou mais de 1,1 milhão de casos, com um crescimento de mais de 250%. As projeções indicam que esse número pode quase dobrar até 2033.
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O escorpionismo, como é chamado, afeta principalmente crianças, idosos e pessoas com problemas de saúde. Em janeiro deste ano, uma criança de 3 anos morreu em Jaguariúna (SP) após ser picada por um escorpião escondido em sua galocha — mesmo depois de os pais terem verificado o calçado.
Espécies como o Tityus serrulatus são as mais perigosas, pois se reproduzem sozinhas e estão se espalhando rapidamente pelas cidades. Esses animais se adaptam bem a esgotos e locais com lixo, o que explica sua presença até em apartamentos altos.
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A urbanização desordenada, o saneamento precário e as mudanças climáticas facilitam essa invasão. Outro problema é que o soro antiescorpiônico, apesar de disponível no SUS, geralmente está centralizado e não é encontrado na rede privada, o que dificulta o atendimento rápido.
Outro ponto enfatizado no estudo é que muitos casos não são notificados, o que impede ações mais eficazes de prevenção. As especialistas responsáveis pelo estudo cobram mais investimentos em pesquisa, campanhas de conscientização e ações locais para conter esse avanço.
Em meio a essa época de aumento das picadas de escorpião no Brasil, a prevenção envolve cuidados simples: sacudir roupas e calçados, vedar ralos e manter casas limpas e organizadas. Afinal, o perigo pode estar mais perto do que se imagina.
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