Promotores franceses pediram 10 anos de prisão a Aomar Aït Khedache, apontado pela acusação contra o “chefe” dos assaltantes que roubaram R$ 56 milhões de Kim Kardashian. De acordo com a acusação, foi ele quem “deu as ordens”, “recrutou” e vendeu as joias da socialite na Bélgica.
No julgamento, o homem de 69 anos mandou uma carta à Kim e se desculpou pelo roubo. Ela chorou ao ouvir o conteúdo. “Eu o perdoo pelo que aconteceu, mas isso não muda o trauma”, declarou ela. Assim como Aomar, outras nove pessoas são suspeitas do roubo à mãe armada de joias da celebridade.
O veredito deve ser divulgado nesta sexta-feira (23/5). A promotoria alega que todos são culpados, mas oito deles alegaram inocência. Na última segunda-feira (19/5), Aomar Aït Khedache, surdo e quase mudo, escreveu suas respostas em caneta em um caderno e o conteúdo foi projetado na tela da sala usando um retroprojetor.
Durante o depoimento, as respostas do homem, muitas vezes, não faziam relação com as perguntas. “Você foi rude ou violento com a Sra. Kardashian?”, questionaram. “Como eu disse, tive muita dificuldade a seguir este julgamento. Durmo de 14 a 16 horas por dia para escapar dos zumbidos”, pontuou.
Ele ainda pediu desculpas por adormecer durante o julgamento e que a situação foi causada por comprimidos utilizados por ele. Aomar foi identificado por seu DNA e admitiu que foi um dos homens que planejou o assalto, amarrou e amordaçou Kim Kardashian.
Ele ainda relatou que a ideia foi proposta por um ex-companheiro de prisão, chamado de X ou Ben. O “Velho Omar”, como é conhecido, recebeu um arquivo completo da socialite, que continham imagens dela. Apesar da situação, ele afirma que nunca tinha ouvido falar dela e que só se lembrava dela ser “esposa de um rapper”.
Questionado sobre quem instigou o crime, Omar negou, alegando que tinha medo de represálias e ainda afirmou que não sabia o que havia acontecido com o anel. “Ben cuidou disso”, disse.