Read AI adapta modelo de IA para entender português melhor, diz CEO

A Read AI personaliza seu modelo de inteligência artificial de acordo com contextos culturais para melhorar a qualidade das transcrições e análises de reuniões em videochamadas. É o que mostra o CEO e cofundador da companhia, David Shim, em entrevista ao Canaltech.

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Além da função para transcrever chamadas e fazer anotações com IA, a companhia possui modelos para medir o engajamento e emoção dos participantes de uma reunião.

Assim, caso uma pessoa fique muito animada e comece a falar muito rápido, o sistema pode indicar que o engajamento está alto devido à empolgação, mas também mostrar que o sentimento possivelmente está baixo pois o interlocutor está um pouco nervoso, por exemplo.


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Para realizar essa análise com mais precisão, o CEO da Read AI destacou que é preciso fazer adaptações nos modelos de IA considerando contextos culturais, que podem trazer grandes discrepâncias na forma de se expressar ao considerar pessoas de países diferentes.

Para exemplificar, Shim observou que, em uma reunião com brasileiros, geralmente todos os participantes conversam ativamente e têm gestos faciais mais expressivos. Já em uma videoconferência com americanos, em média, nem todos participam ativamente, e ainda há quem sequer abra o microfone durante o papo.

Dessa forma, ao aplicar o modelo adaptado para usuários dos Estados Unidos em uma conversa com brasileiros, o sistema identificaria que todos os participantes estavam felizes.

“O que percebemos é que precisamos construir uma base para cada pessoa na chamada”, explica Shim. “Treinamos os modelos não apenas para dizer ‘ei, use isso em todas as culturas’, mas para usá-lo especificamente para diferentes culturas.”

Neste sentido, ao comentar sobre a qualidade das transcrições, o executivo também afirmou que a empresa não partiu do princípio de que o português de Portugal é semelhante ao do Brasil ao implementar o idioma na plataforma. 

“Construímos um modelo separado para o português brasileiro”, destaca. 

David Shim, CEO da Read AI (Imagem: Bruno De Blasi/Canaltech)
David Shim, CEO da Read AI (Imagem: Bruno De Blasi/Canaltech)

Integração com ChatGPT e Claude

Durante a conversa no Web Summit Rio, realizado no fim de abril no Rio de Janeiro (RJ), Shim detalhou que a maior parte do processamento de informações da companhia é realizado através de soluções próprias. Contudo, a empresa também utiliza modelos da OpenAI, ainda que em menor escala.

Além disso, os usuários podem usar o ChatGPT e o Claude para analisar os conteúdos das conversas com IA sem ter que sair da plataforma. A função está disponível dentro do Search Copilot, o agente de inteligência artificial da empresa para facilitar a busca por informações de reuniões.

O serviço também oferece integração com outros serviços para complementar as análises, como o Gmail e Outlook e até serviços de armazenamento em nuvem, incluindo o Google Drive e OneDrive.

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