Rio de Janeiro – O técnico Carlo Ancelotti chega ao Brasil neste domingo (25) sob um forte esquema de segurança montado pela CBF, que controla cada detalhe da logística até a convocação da Seleção Brasileira na segunda-feira.
O treinador será apresentado oficialmente em um hotel na Barra da Tijuca, no mesmo dia em que a entidade elegerá seu novo presidente, Samir Xaud.
Ancelotti terá estreia no Equador, mas sem festa no Brasil
Nada de festa no Galeão nem selfie com torcedor. Carlo Ancelotti pisará em solo brasileiro para sua primeira missão como técnico da Seleção sem dar margem para oba-oba. O deslocamento do aeroporto até o hotel onde será feita a convocação da Seleção terá segurança reforçada, com acompanhamento da Polícia Federal e sem qualquer contato com a imprensa ou público.
A escolha pela discrição total tem um motivo: evitar ruídos e blindar a estreia do treinador num momento ainda turbulento da Confederação Brasileira de Futebol, que acaba de sair de uma gestão envolvida em denúncias e jogos de bastidores.
CBF tenta vender nova imagem com evento de impacto
A convocação da Seleção está marcada para as 15h de segunda-feira (26), direto do hotel onde Ancelotti ficará hospedado, na Barra da Tijuca. O evento será também o primeiro ato da nova presidência da CBF, que deve ser assumida por Samir Xaud, candidato único da eleição marcada para domingo.
Com apoio do interventor Fernando Sarney, o objetivo é passar a imagem de renovação institucional — mesmo que a estrutura interna da entidade permaneça basicamente a mesma. O controle sobre a agenda de Ancelotti e os detalhes da logística fazem parte da tentativa da nova direção de mostrar organização e profissionalismo.
Estreia em campo será contra o Equador
O primeiro compromisso de Ancelotti no comando da Seleção será fora de casa: o Brasil enfrenta o Equador no dia 5 de junho, às 20h (horário de Brasília), no Estádio Monumental de Guayaquil, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Em seguida, encara o Paraguai, em São Paulo, no dia 10 de junho, às 21h45, na Neo Química Arena.
A expectativa em torno da estreia do italiano, multicampeão por clubes como Real Madrid, Milan e Chelsea, é alta, especialmente após anos de improvisações e trocas apressadas no comando da Seleção.
Comando sob vigilância e legado em jogo
Apesar da pompa do anúncio e da blindagem midiática, Ancelotti herda uma Seleção marcada por fracassos recentes e por uma direção que ainda inspira pouca confiança entre torcedores e especialistas. Sua chegada é tratada como tentativa de resgatar o prestígio da camisa amarela, hoje diluído entre fiascos esportivos, crise de identidade e disputas internas na CBF.
O Carioca esclarece
Por que isso importa?
A chegada de Ancelotti marca uma tentativa de reconstrução da Seleção em meio a uma CBF ainda fragilizada por escândalos e disputas políticas.
Quem são os envolvidos?
Carlo Ancelotti, novo técnico da Seleção Brasileira; Samir Xaud, candidato à presidência da CBF; Fernando Sarney, interventor da entidade.
Qual o impacto no Brasil e no mundo?
A contratação de um técnico estrangeiro para comandar a Seleção é vista com expectativa internacional e representa mudança significativa na gestão do futebol brasileiro.
Como isso afeta a democracia, os direitos ou o meio ambiente?
A politização da CBF e seus bastidores opacos refletem uma cultura de gestão antidemocrática que se estende do esporte à política nacional.