Carlos Bolsonaro rebate acusações sobre ataques à soberania nacional

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) rebateu acusações de que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) estaria atentando contra a soberania nacional ao denunciar supostas violações ocorridas no Brasil a políticos norte-americanos. O filho “02” de Jair Bolsonaro (PL) defendeu a atuação do irmão no exterior e comparou a situação à campanha “Lula Livre”.

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), protocolou na quinta (22/5) uma representação criminal na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Eduardo Bolsonaro. Lindbergh pede que a PGR avalie a possibilidade de prisão preventiva de Eduardo, argumentando que ele está fora do Brasil para se esquivar da Justiça e seguir pressionando instituições nacionais. Ele vem articulando nos EUA punições contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Durante o período em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve preso (de abril de 2018 a novembro de 2019), diversos integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) viajaram ao exterior para denunciar a prisão como sendo de natureza política e buscar apoio internacional para sua libertação”, lembrou Carlos, em publicação no X (antigo Twitter).

Leia também
  • São Paulo

    Frente de direita capitaneada por Tarcísio deixa Bolsonaro em 2º plano
  • Brasil

    Defesa de Bolsonaro pede que Moraes suspenda audiências no STF
  • Brasil

    Moraes repreende defesa de Bolsonaro em depoimento de Mourão no STF
  • São Paulo

    Valdemar compara situação eleitoral de Bolsonaro à de Lula em 2018

Carlos Bolsonaro citou ainda que normes fortes do PT — entre eles o de Gleisi Hoffmann, Fernando Haddad e Dilma Rousseff — tiveram participação ativa na campanha internacional para pedir a libertação de Lula e denunciar a tese de perseguição judicial.

“Bem, todos sabemos que não vivemos numa democracia e o que vale é o que o sistema quer, pois caso contrário vento que venta cá ventaria lá, mas todos de bom senso conhecem a zona proposital e como funciona isso aqui”, refletiu Carlos Bolsonaro.

O vereador ainda destacou que os então senadores Humberto Costa (PT-PE) e Lindbergh Farias (PT-RJ), e o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) “participaram de missões em países como França, Bélgica, Itália, Portugal, Uruguai, Argentina e Cuba, onde se reuniram com partidos de esquerda, sindicatos e organizações de direitos humanos”.

Nessa semana, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, protocolou representação criminal na Procuradoria-Geral da República contra Eduardo Bolsonaro para apurar a possível prática dos crimes de atentado à soberania nacional, abolição violenta do Estado democrático de Direito e coação no curso do processo.

O pedido ocorreu após secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, confirmar que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pode ser alvo de sanções norte-americanas com base na Lei Global Magnitsky.

Lei Magnitsky

  • A Lei Global Magnitsky tem entre as punições previstas o bloqueio de bens e contas nos EUA e a proibição de entrada em território norte-americano.
  • Para a lei ser aplicada, não há necessidade de processo judicial.
  • A lei considera como violações graves atos como execuções extrajudiciais, tortura, desaparecimentos forçados e prisões arbitrárias sistemáticas.
  • A Magnitsky já foi aplicada contra membros do Judiciário da Rússia e autoridades de Turquia e Hong Kong, acusados de perseguir opositores, fazer julgamentos fraudulentos e reprimir a população de modo institucional.

Aliados viram o anuncio de Marco Rubio como o fruto de um “trabalho” do deputado federal Eduardo Bolsonaro. O parlamentar está licensiado da Câmara dos Deputados desde março deste ano, para permanecer no país liderado por Donald Trump em busca de denunciar supostas violações ocorridas no Brasiol.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.