O governo do Irã se disse pronto para atacar infraestruturas em Israel, caso o país liderado por Benjamin Netanyahu realize ações contra instalações do programa nuclear iraniano. A ameaça surgiu nesta segunda-feira (9/6), dias após Teerã anunciar o acesso a documento secretos de Tel Aviv.
Negociações entre EUA e Irã
- Desde que assumiu o governo dos EUA, Donald Trump diz que uma das prioridades da sua administração é impedir o avanço do programa nuclear do Irã.
- Logo nos primeiros dias de seu segundo mandato, o líder norte-americano implementou uma “política de pressão máxima” contra Teerã, por meio de novas sanções.
- Em abril, EUA e Irã iniciaram negociações indiretas sobre um possível acordo nuclear entre os dois países. O que incluiria o levantamento das sanções de Washington contra Teerã.
- Os dois lados, no entanto, não chegam a um consenso sobre os termos do acordo. Isso porque os EUA colocam o fim do enriquecimento de urânio, por parte do Irã, como condição principal para o pacto. Teerã vê a exigência como inaceitável
- EUA e Irã chegaram a firmar um acordo nesse sentido em 2015. Trump, contudo, decidiu abandonar o pacto em 2018.
- O presidente norte-americano já chegou a falar que Israel pode liderar uma operação militar contra o Irã, caso o país não concorde com o pacto nuclear.
Em um comunicado, o Conselho Supremo de Segurança Nacional (SNSC) subiu o tom contra o governo israelense, e prometeu realizar ataques contra instalações nucleares de Israel caso o programa nuclear do Irã sofra alguma agressão.
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“Hoje, o acesso a essas informações [sobre Israel] permitem que os guerreiros do islamismo retaliem imediatamente um possível ataque do regime sionista [israelense] às instalações nucleares do país, atacando suas instalações nucleares ocultas e qualquer mal contra a infraestrutura econômica e militar de uma maneira precisamente proporcional ao tipo de agressão”, disse um trecho do comunicado, divulgado pela mídia estatal iraniana.
No último sábado (7/6), Teerã anunciou ter obtido milhares de documentos secretos sobre usinas nucleares em israel. Sem apresentar provas, a mídia estatal, controlada pelo regime do aiatolá Ali Khamenei, alegou que as informações foram roubadas do território israelense há algum tempo – sem especificar datas.