Capturados pela Marinha israelense, Greta Thunberg e outros 12 ativistas — entre eles o brasileiro Thiago Ávila — passam por exames médicos coordenados por Israel. O intuito é “garantir que eles estejam bem de saúde”, segundo o que informou o Ministério de Relações Exteriores do país.
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O comunicado foi publicado nas redes sociais do ministério nessa segunda-feira (9/6). “O ‘iate de selfies’ atracou no porto de Ashdod há pouco. Os passageiros estão atualmente passando por exames médicos para garantir que estejam bem de saúde”, escreveu o ministério nas redes sociais.
Veja:
Mais tarde, após os exames, Thiago prestou depoimento ao governo de Israel. De acordo com políticos que acompanham o caso, o depoimento foi colhido no aeroporto de Tel Aviv, capital de Israel.
Parlamentares estiveram no Itamaraty com a intenção é agilizar o máximo possível a repatriação do brasiliense.
Quem é Thiago
Thiago é brasiliense e embarcou no Freedom Flotilla a fim de levar ajuda humanitária a Gaza. Em um vídeo, o brasileiro afirmou que o barco de ativistas onde ele estava, e que seguia em direção à Faixa de Gaza, foi interceptado pelo exército de Israel no domingo. Além do brasiliense, havia 11 ativistas a bordo do Madleen, entre eles a sueca defensora do meio ambiente Greta Thunberg.
O pai de Thiago chegou a manifestar preocupação com o filho. Segundo Ivo Filho, Tiago está sem dar notícias a mais de 12 horas. “A embarcação dele foi interceptada por Israel. Eles foram colocados em um tipo de barco. [O vídeo] mostra a imagem deles recebendo pão e água de um soldado. Nós não temos mais notícia nenhuma”, disse.
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Lula foi cobrado a se manifestar sobre situação de Thiago Ávila
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Ávila está a bordo do barco chamado Madleen, ao lado de outros 11 ativistas internacionais
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O ativista e internacionalista Thiago Ávila
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Entrada de ajuda humanitária em Gaza
- Após bloquear a entrada de ajuda humanitária em Gaza, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, recuou e suspendeu o bloqueio no enclave palestino em 19 de maio.
- Segundo o governo israelense, a medida visava pressionar o Hamas a entregar o restante dos reféns que ainda estão em Gaza.
- A medida agravou a crise humanitária em Gaza, e também fez com que a pressão internacional contra Benjamin Netanyahu aumentasse.
O projeto, chamado Freedom Flotilla Coalition, leva ajuda humanitária e também tem como objetivo atrair a atenção da comunidade internacional para o drama humanitário em Gaza.
A princípio, os ativistas detidos serão mandados de volta aos respectivos países de origem.