O que é retinol? Entenda se seu skincare reverte mesmo sinais de envelhecimento

Pele mais jovem, firme e uniforme: esses são alguns dos benefícios atribuídos ao retinol, ingrediente presente em muitos produtos do universo da beleza, como séruns e cremes. A substância pertence à família dos retinoides, compostos derivados da vitamina A.

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Uma vez aplicado topicamente, o retinol é convertido pelas enzimas da pele em ácido retinoico, sua forma ativa. Disponível sem prescrição médica e em concentrações baixas, o retinol pode ajudar a reduzir rugas, suavizar linhas finas e uniformizar o tom da pele.

O composto também tem efeito esfoliante, auxiliando na desobstrução dos poros. Outra característica importante do retinol é o combate ao afinamento natural da pele causado pelo envelhecimento, estimulando a proliferação de queratinócitoscélulas que formam a camada externa da pele e ajudam a protegê-la contra danos e perda de água.


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Já os retinoides mais potentes, como o ácido retinoico puro (tretinoína), são classificados como medicamentos e exigem prescrição médica. Esses ativos são comumente utilizados no tratamento de acne, melasma e outras condições dermatológicas, devido à sua ação mais intensa.

Retinol
Retinol pode auxiliar na redução de rugas linhas finas (Reprodução/Freepik)

Efeitos colaterais

Apesar dos benefícios, o uso do retinol também pode estar associado a alguns efeitos colaterais. Nas primeiras aplicações, por exemplo, é comum ocorrer uma fase chamada “purga do retinol”, quando a pele pode apresentar acne, vermelhidão ou descamação temporária.

Esses efeitos costumam ser leves quando o produto é utilizado corretamente. Além disso, a maioria das pessoas desenvolve tolerância ao retinol com o tempo — processo conhecido como retinização. É importante destacar que o retinol aumenta a sensibilidade da pele à radiação solar. Por isso, é essencial usar diariamente protetor solar com FPS 30 ou mais durante o tratamento.

Devido ao risco de irritações e outros efeitos adversos, grávidas, lactantes e pessoas com pele sensível devem usar o retinol apenas com acompanhamento dermatológico. Também não é recomendado combiná-lo com outros ativos esfoliantes, como os ácidos alfa-hidroxi (AHAs), para evitar agressões à barreira cutânea.

Como usar retinol com segurança

Pessoa aplicando creme facial
Uso de hidratante facial aapós retinol pode reduzir ressecamento e irritação da pele (Reprodução/Freepik)

A forma mais segura de introduzir o retinol na rotina de skincare é começar com uma concentração baixa — em torno de 0,1% — e aplicar apenas uma ou duas vezes por semana, preferencialmente à noite, para evitar a exposição à luz solar.

À medida que a pele se adapta ao produto, é possível aumentar gradualmente a frequência de uso, bem como a concentração — desde que não ultrapasse 0,3%, conforme recomendação de órgãos reguladores internacionais. Aplicar um hidratante facial após o retinol pode ajudar a reduzir o ressecamento e a irritação da pele.

Caso a vermelhidão, ardência ou descamação persista, a recomendação é suspender o uso e procurar orientação de um dermatologista.

Por fim, recomenda-se escolher produtos com embalagem hermética e opaca, já que o retinol é uma molécula instável que se degrada facilmente ao entrar em contato com o ar, luz ou calor, o que pode comprometer sua eficácia e segurança.

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