Pele mais jovem, firme e uniforme: esses são alguns dos benefícios atribuídos ao retinol, ingrediente presente em muitos produtos do universo da beleza, como séruns e cremes. A substância pertence à família dos retinoides, compostos derivados da vitamina A.
- Estudo da USP revela que exposição à luz azul pode causar mudanças na sua pele
- Pele artificial desenvolvida no Brasil é destaque em revista científica renomada
- Porque você não deve coçar irritações na pele
Uma vez aplicado topicamente, o retinol é convertido pelas enzimas da pele em ácido retinoico, sua forma ativa. Disponível sem prescrição médica e em concentrações baixas, o retinol pode ajudar a reduzir rugas, suavizar linhas finas e uniformizar o tom da pele.
O composto também tem efeito esfoliante, auxiliando na desobstrução dos poros. Outra característica importante do retinol é o combate ao afinamento natural da pele causado pelo envelhecimento, estimulando a proliferação de queratinócitos — células que formam a camada externa da pele e ajudam a protegê-la contra danos e perda de água.
–
Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
–
Já os retinoides mais potentes, como o ácido retinoico puro (tretinoína), são classificados como medicamentos e exigem prescrição médica. Esses ativos são comumente utilizados no tratamento de acne, melasma e outras condições dermatológicas, devido à sua ação mais intensa.

Efeitos colaterais
Apesar dos benefícios, o uso do retinol também pode estar associado a alguns efeitos colaterais. Nas primeiras aplicações, por exemplo, é comum ocorrer uma fase chamada “purga do retinol”, quando a pele pode apresentar acne, vermelhidão ou descamação temporária.
Esses efeitos costumam ser leves quando o produto é utilizado corretamente. Além disso, a maioria das pessoas desenvolve tolerância ao retinol com o tempo — processo conhecido como retinização. É importante destacar que o retinol aumenta a sensibilidade da pele à radiação solar. Por isso, é essencial usar diariamente protetor solar com FPS 30 ou mais durante o tratamento.
Devido ao risco de irritações e outros efeitos adversos, grávidas, lactantes e pessoas com pele sensível devem usar o retinol apenas com acompanhamento dermatológico. Também não é recomendado combiná-lo com outros ativos esfoliantes, como os ácidos alfa-hidroxi (AHAs), para evitar agressões à barreira cutânea.
Como usar retinol com segurança

A forma mais segura de introduzir o retinol na rotina de skincare é começar com uma concentração baixa — em torno de 0,1% — e aplicar apenas uma ou duas vezes por semana, preferencialmente à noite, para evitar a exposição à luz solar.
À medida que a pele se adapta ao produto, é possível aumentar gradualmente a frequência de uso, bem como a concentração — desde que não ultrapasse 0,3%, conforme recomendação de órgãos reguladores internacionais. Aplicar um hidratante facial após o retinol pode ajudar a reduzir o ressecamento e a irritação da pele.
Caso a vermelhidão, ardência ou descamação persista, a recomendação é suspender o uso e procurar orientação de um dermatologista.
Por fim, recomenda-se escolher produtos com embalagem hermética e opaca, já que o retinol é uma molécula instável que se degrada facilmente ao entrar em contato com o ar, luz ou calor, o que pode comprometer sua eficácia e segurança.
Leia também:
- Usar maquiagem durante exercícios físicos prejudica a pele
- Alguns cosméticos podem causar puberdade precoce em meninas
- Feridas na pele podem bagunçar bactérias do intestino
VÍDEO | LUZ AZUL ATRAPALHA O SONO?
Leia a matéria no Canaltech.