14 de junho de 2025, Washington — O colapso institucional dos Estados Unidos ganhou novos capítulos dramáticos neste sábado. Milhares foram às ruas em diversas cidades durante o protesto batizado de “No Kings Day”, um grito contra a escalada autoritária do presidente Donald Trump, que responde com repressão violenta, assassinatos políticos e exibição militar.
O cenário lembra mais uma distopia hollywoodiana do que uma democracia. Los Angeles foi tomada por gás lacrimogêneo, balas de borracha e granadas de efeito moral. Imagens de manifestantes sendo atacados e jornalistas agredidos viralizaram nas redes, enquanto o país parece caminhar rumo a uma guerra civil declarada.
A revolta se espalhou por cidades como Atlanta, Filadélfia, Houston e West Palm Beach, na Flórida, onde fica uma das residências de Trump. Tudo isso no mesmo dia em que o presidente organiza um desfile militar gigantesco em Washington, celebrando o 250º aniversário do Exército dos EUA e, coincidentemente, seu próprio aniversário de 79 anos.
Mortes e atentados políticos escancaram o colapso
A escalada atingiu um novo patamar de barbárie neste sábado. A líder democrata na Câmara de Minnesota, Melissa Hortman, e seu marido foram brutalmente assassinados por um homem disfarçado de policial. O governador do estado, Tim Walz, classificou o crime como “assassinato político”.
O ataque não parou aí. O senador John Hoffman e sua esposa também foram alvejados e seguem em estado grave. As autoridades confirmaram que o suspeito é o mesmo e que uma caçada humana está em andamento, após uma troca de tiros frustrada na residência da deputada assassinada.
O caso chocou o país e levantou alertas sobre o avanço do extremismo político estimulado pelo discurso de Trump.

Repressão militar e prisões em massa
Enquanto isso, a repressão aos protestos ultrapassou qualquer limite do razoável. O Diário Carioca apurou que operações de imigração se transformaram em verdadeiras ações de guerra, especialmente em bairros de maioria hispânica.
Agentes fortemente armados, com veículos blindados, invadiram comércios populares como Home Depot e lojas de roupas, prendendo imigrantes a esmo. As vítimas estão sendo levadas para centros de detenção, com processos de deportação sumária, sem direito a defesa ou assistência jurídica.
O governo Trump, até agora, não deu sinais de recuo. Pelo contrário: nas redes sociais, o presidente afirmou que o desfile militar “vai acontecer com sol ou com chuva”, enquanto os Estados Unidos literalmente pegam fogo.
Até onde isso vai?
O “No Kings Day” não é apenas um protesto contra um homem. É uma revolta contra o colapso da própria ideia de democracia em uma das maiores potências do mundo. Para muitos analistas, o país já cruzou o ponto de não retorno.
E, como diria Shakespeare, “a culpa, meu caro Brutus, não está nas estrelas, mas em nós mesmos”. Ou, neste caso, neles mesmos.
O Carioca Esclarece:
Esta matéria acompanha os desdobramentos do avanço autoritário nos EUA e seu impacto global, tema essencial para entender os riscos que ameaçam democracias em todo o mundo.
Com informações do Georgia Recorder
Entenda o Caso
O que é o ‘No Kings Day’?
É um protesto nacional nos Estados Unidos contra o avanço autoritário de Donald Trump, simbolizando o repúdio à tirania e ao culto à personalidade.
Por que há risco de guerra civil nos EUA?
O país vive um colapso institucional, com assassinatos políticos, repressão militarizada, radicalização da população e quebra dos princípios democráticos.
Quais cidades estão em protesto contra Trump?
Entre as principais estão Washington, Los Angeles, Atlanta, Filadélfia, Houston e West Palm Beach, na Flórida.