São Paulo — O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) condenou um casal que matou e esquartejou um homem, jogando as partes do corpo em uma represa em Ribeirão Pires, na Grande São Paulo. A vítima vivia na mesma casa que os réus, com quem mantinha relacionamento amoroso, e tinha dependência química.
A sentença foi proferida na última sexta-feira (10/5) e condenou Francisca Santana a 31 anos e 9 meses e o marido dela, Juan Carlos Astudillo, a 25 anos e 3 meses de prisão em regime fechado, pela morte de Pedro José Alves Cabral.
Durante a investigação, a polícia foi informada que vizinhos escutaram barulho de briga dentro da casa, com pedido de socorro, em junho de 2022. Na ocasião, Francisca teria saído da própria casa para avisar a vizinhança que não tinha acontecido nada.
No dia seguinte, o casal foi visto deixando a casa com três malas, sendo que uma delas era bem pesada. Eles chegaram a pedir ajuda para levá-las, além de contar com uma carona dada por outra pessoa. Depois disso, mudaram-se às pressas da casa. Segundo a polícia, depois de presos, ainda em junho de 2022, eles confessaram o crime.
Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), os autos mostraram que a vítima tinha dependência química. Francisca dispunha do dinheiro do marido para sustentar o vício de Cabral, de acordo com as investigações.
No decorrer do processo, ficou comprovado que o casal deu remédio que provocou sonolência, confusão e reflexos diminuídos em Cabral, que foi asfixiado em seguida com um saco plástico. A justificativa seria o fato de a mulher ter se cansado de viver com a vítima, ao lado do marido.
A defesa do casal não foi encontrada até a publicação da reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.